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quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Inflamação - Processo Inflamatório

INFLAMAÇÃO OU PROCESSO INFLAMATÓRIO - Muito importante!

A inflamação (do Latim inflammatio, atear fogo) ou processo inflamatório é uma resposta dos organismos vivos homeotérmicos a uma agressão sofrida. Entende-se como agressão qualquer processo capaz de causar lesão celular ou tecidual. Esta resposta padrão é comum a vários tipos de tecidos e é mediada por diversas substâncias produzidas pelas células danificadas e células do sistema imunitário que se encontram eventualmente nas proximidades da lesão.

A inflamação pode também ser considerada como parte do sistema imunitário, o chamado sistema imune inato, assim denominado por sua capacidade para deflagar uma resposta inespecífica contra padrões de agressão previamente e geneticamente definidos pelo organismo agredido. Esta definição se contrapõe à da imunidade adquirida, ou aquela onde o sistema imune identifica agentes agressores específicos segundo seu potencial antigênico. Neste último caso o organismo precisa entrar em contato com o agressor, identificá-lo como estranho e potencialmente nocivo e só então produzir uma resposta.

Breve Sumário

* 1 Aspectos históricos

* 2 Fisiopatologia (mecanismos de instalação)

* 3 Manifestações clínicas

* 4 Tipos

* 5 Doenças inflamatórias

o 5.1 Doenças auto-imunes

o 5.2 Síndrome da Resposta Inflamatória Sistêmica

o 5.3 Asma

o 5.4 Aterosclerose

* 6 Tratamento

o 6.1 Antiinflamatórios hormonais

o 6.2 Antiinflamatórios não-hormonais

* 7 Referências

* 8 Ligações externas

Aspectos históricos

A inflamação é conhecida desde a antiguidade. O primeiro a descrevê-la em seus constituintes fundamentais foi Aurélio Cornélio Celso, na Roma antiga, cerca de 50 a.C.. Já no século XIX, o patologista alemão Rudolf Virchow introduziu o conceito de perda funcional e estabeleceu as bases fisiopatológicas do processo inflamatório.

Fisiopatologia (mecanismos de instalação)

Os neutrófilos migram dos vasos sangüíneos para o tecido inflamado via quimiotaxia, e então removem os agentes patológicos através da fagocitose e da degranulação.

À agressão tecidual se seguem imediatamente fenômenos vasculares mediados principalmente pelahistamina. O resultado é um aumento localizado e imediato da irrigação sangüínea, que se traduz em um halo avermelhado em torno da lesão (hiperemia ou rubor). Em seguida tem início a produção local de mediadores inflamatórios que promovem um aumento da permeabilidade capilar e também quimiotaxia, processo químico pelo qual células polimorfonucleares, neutrófilos e macrófagos são atraídos para o foco da lesão. Estas células, por sua vez, realizam a fagocitose dos elementos que estão na origem da inflamação e produzem mais mediadores químicos, dentre os quais estão as citocinas (como, por exemplo, o fator de necrose tumoral e as interleucinas), quimiocinas, bradicinina, prostaglandinas e leucotrienos. Também as plaquetas e o sistema de coagulação do sangue são ativados visando conter possíveis sangramentos. Fatores de adesão são expressos na superfície das células endoteliais que revestem os vasos sanguíneos internamente. Estes fatores irão mediar a adesão e a diapedese de monócitos circulantes e outras células inflamatórias para o local da lesão.

Em resumo, todos estes fatores atuam em conjunto, levando aos eventos celulares e vasculares da inflamação. Resulta em um aumento do calibre de capilares responsáveis pela irrigação sanguínea local, produzindo mais hiperemia e aumento da temperatura local (calor). O edema ou inchaço ocorre a partir do aumento da permeabilidade vascular aos componentes do sangue, o que leva ao extravassamento do líquido intravascular para o espaçointersticial extra-celular. A dor, outro sintoma característico da inflamação, é causada primariamente pela estimulação das terminações nervosas por algumas destas substâncias liberadas durante o processo inflamatório, por hiperalgesia (aumento da sensibilidade dolorosa) promovida pelas prostaglandinas e pela bradicinina, mas também em parte por compressão relacionada ao edema.

Manifestações clínicas

Classicamente, a inflamação é constituída pelos seguintes sinais e sintomas:

1. Calor; aumento da temperatura corporal no local
2. Rubor; hiperemia
3. Edema; inchaço
4. Dor;
5. Perda da função.


Tipos

Pode-se classificar a inflamação em dois tipos principais, conforme sua velocidade de instalação: a aguda e a crônica. Inflamação aguda é aquela que se instala rapidamente, como por exemplo após um acidente onde ocorre lesão tecidual de forma súbita. A inflamação crônica se instala de forma lenta e insidiosa, como por exemplo nas doenças reumatológicas tais como a artrite reumatóide e o lupus eritematoso sistêmico. Esta classificação não diz respeito à gravidade do processo, mas apenas, como já dito acima, à velocidade de instalação. Assim, podem existir processos inflamatórios agudos de baixo grau ou alto grau de gravidade, o mesmo ocorrendo com a inflamação crônica.

Afora isto, é possível ainda classificar a inflamação segundo algumas de suas características peculiares, tal como abaixo descrito:

  1. Adesiva – inflamação na qual existe uma quantidade de fibrina que provoca a aderência entre tecidos adjacentes.
  2. Alérgica – desencadeada por mecanismos alérgicos, como sucede, por exemplo, na asma e na urticária.
  3. Atrófica ou Esclerosante – aquela que evolui para a organização do exsudato inflamatório de que resulta cicatrização e atrofia da região afectada.
  4. Catarral – processo que é mais frequente na mucosa do aparelho respiratório mas que pode atingir outras mucosas. É caracterizada, fundamentalmente, por hiperemia dos vasos, edema tissular e secreção de muco de consistência viscosa.
  5. Crupal – inflamação fibrinosa com produção de falsas membranas não diftéricas.
  6. Eritematosa – inflamação congestiva da pele.
  7. Estênica – forma aguda com fenômenos circulatórios e calor intensos.
  8. Fibrinosa – forma exsudativa em que existe uma grande quantidade de fibrina coagulável.
  9. Granulomatosa – processo crônico proliferativo com formação de tecido granuloso ou granulomas.
  10. Hiperplásica ou Hipertrófica – cursa com neoformação de fibras de tecido conjuntivo.
  11. Intersticial – variedade na qual a reacção inflamatória se localiza preferencialmente no estroma e no tecido conjuntivo de suporte de um órgão.
  12. Necrótica – processo intenso com produção de um foco de necrose.
  13. Inflamação parenquimatosa – aquela que atinge primordialmente a estrutura nobre e funcional de um tecido ou seu parênquima.
  14. Proliferativa – aquela em que o aspecto mais característico é o grande número de macrófagos com neo-formação tecidual.
  15. Purulenta ou Supurativa – inflamação em que se forma pús.
  16. Reactiva – a forma que surge à volta de um corpo estranho.
  17. Reumática – surge como resposta à existência de doenças reumatológicas, ou seja, acometendo primordialmente as articulações.
  18. Serosa – aquela em que a exsudação é essencialmente serosa ou de aspecto semelhante ao soro.
  19. Térmica – provocada pelo calor.
  20. Tóxica – devida a uma substância tóxica ou veneno.
  21. Traumática – surge como consequência de um traumatismo.

Doenças inflamatórias

É sabido, atualmente, que processos inflamatórios tomam parte de um enorme número de doenças, muitas das quais se desconheciam até recentemente quais os mecanismos causadores. Em outras, consideradas antes como degenerativas ou próprias do envelhecimento, a inflamação veio a se tornar a mais importante explicação.

Doenças auto-imunes

A inflamação é um dos principais componentes das doenças auto-imunes. Este grupo de doenças se caracteriza por uma resposta imunológica do organismo contra componentes próprios identificados como estranhos pelo sistema imune. Disto resulta uma agressão inflamatória que assume características clínicas diversas, de acordo com o tecido ou sistema afetado.

Dentre as mais conhecidas doenças deste grupo estão o lupus eritematoso sistêmico e a artrite reumatóide em adultos. Em crianças podem ser citadas a artrite reumatóide juvenil e a febre reumática entre as mais importantes e prevalentes.

Síndrome da Resposta Inflamatória Sistêmica

O termo Síndrome da Resposta Inflamatória Sistêmica (SRIS ou SIRS em língua inglesa) foi proposto para descrever a reação inflamatória desencadeada pelo organismo frente a qualquer agressão seja ela de natureza infecciosa ou não-infecciosa. Caracteriza-se pela presença de ao menos dois dos seguintes critérios clínicos:

1. Temperatura corporal > 38 °C (febre) ou <36> 20 incursões respiratórias/minuto (hiperpnéia ou taquipnéia) ou uma pressão parcial de CO2 no sangue arterial <> 90 batimentos cardíacos/minuto.
4. Aumento ou redução significativos do número de células brancas (leucócitos) no sangue periférico (>12.000 ou <4.000>

É fácil concluir que a ocorrência de SIRS isoladamente não é em si mesma de extrema gravidade, pois surge eventualmente em condições clínicas benignas, como por exemplo em infecções localizadas ou após cirurgias. Entretanto, em unidades de terapia intensiva e entre pacientes cujos sistemas de defesa do organismo encontram-se comprometidos, a SIRS pode tornar-se de fato ameaçadora à vida especialmente quando vem associada a outros fatores de gravidade.

Quando associada a comprovação clínica ou laboratorial de infecção, tem-se a definição de sepse ou sepsis. Sepse associada a hipotensão arterial refratária é definida como choque séptico. Quando se verificam sinais de ao menos uma insuficiência orgânica concomitante, tem-se então a sepse severa.

Asma

A asma é hoje considerada uma doença inflamatória das vias aéreas. Geralmente relacionada a estados de hipersensibilidade, a asma leva a obstrução das vias aéreas ou brônquios por meio da produção de secreção excessiva, edema da parede brônquica e broncoconstricção.

Aterosclerose

Anteriormente considerada como doença degenerativa ou relacionada ao envelhecimento, a aterosclerose veio a se caracterizar nas últimas duas décadas, e a partir de pesquisas realizadas nos mais diversos campos da medicina básica e clínica, como sendo causada por um processo inflamatório das artérias (aterosclerose coronariana). Diversos fatores contribuem para sua gênese. Dentre eles estão o estresse mecânico ao endotélio vascular causado pela hipertensão arterial, o estresse oxidativo levando a geração de lipoproteínas oxidadas com elevado potencial aterogênico, um possível e ainda inexplicado estado inflamatório crônico e a participação de microorganismos como a Chlamydophila pneumoniae, bactéria encontrada diversas vezes no interior de placas de ateroma das artérias.

Tratamento

Existem drogas ou medicamentos capazes de interferir no processo reacional de defesa do organismo de modo a minimizar o dano (agressão por parte dos próprios tecidos frente ao agente agressor) e dar maior conforto ao paciente. Estes medicamentos são denominados antiinflamatórios, podendo estes ser de natureza hormonal ou não hormonal

Antiinflamatórios hormonais

Antiinflamatórios ditos hormonais (esteróides), também conhecidos como glicocorticoides, corticóides ou corticosteróides, são agentes inibidores da produção de prostaglandinas e leucotrienos pela ação inibitória sobre a enzima fosfolipase A2, por meio da liberação de lipocortina-1 (mediador protéico antiinflamatório). O resultado final da ação destes antiinflamatórios é a parcial ou total redução da liberação dos prostaglandinas e também dos leucotrienos. A lipocortina-1 atua por seqüestrar o substrato fosfolipídico e/ou inibir diretamente a enzima. Qualquer um desses mecanismos poderia contribuir para a redução na produção tanto do fator ativador de plaquetas quanto dos eicosanóides, observada na presença de corticóides. Os glicocortocóides reduzem a transcrição de várias proteínas inflamatórias, como algumas citocinas, óxido-nítrico sintetase induzida e ciclooxigenase 2. Tal efeito explica grande parte de suas ações farmacológicas.

Antiinflamatórios não-hormonais

Antiinflamatórios não-hormonais promovem inibição da ciclooxigenase, outra enzima envolvida na produção de prostaglandinas. Não interferem com a geração de leucotrienos, mantendo parte do processo inflamatório inalterado e ativo. Seu principal uso é na redução dos sintomas da inflamação como a dor e o edema.


Fonte: (embora seja considerado um site "não muito seguro", as referências valem muito!)
http://pt.wikipedia.org/wiki/Inflama%C3%A7%C3%A3o


Para aprofundar um pouco mais:

http://www.mdsaude.com/2008/11/antiinflamatrios.html


Antiinflamatórios - automedicação

ANTIINFLAMATÓRIO - Campeão em Automedicação

Antiinflamatório: mocinho ou vilão?

Campeão em automedicação, o medicamento é vendido sem prescrição ou qualquer controle.



Os antiinflamatórios estão presentes no dia-a-dia de todos nós, talvez pela sua eficácia em combater dores, inflamações lombares, trazendo alívio imediato. Segundo pesquisa, os antiinflamatórios são os campeões de venda no quesito automedicação.

Aquela dorzinha incômoda, tensões musculares pelas sessões na academia, um simples tombo, são fatores que nos levam a correr voraz à farmácia a caça de um antiinflamatório. O medicamento é vendido sem prescrição médica ou qualquer tipo de controle. Existe uma grande variedade disponível no mercado, em forma de comprimidos, cremes, pomadas, gotas, injetáveis - seu uso na maioria das vezes é oral.

Morton Sheinberg, clínico reumatologista e pesquisador imunologista do Hospital Albert Einstein, acrescenta que "os novos antiinflamatórios conhecidos como inibidores da ciclooxigenase 2 possuem comprovada eficácia na redução de úlceras gástricas. Já usar aspirina ao mesmo tempo neutraliza o efeito benéfico dos novos antinflamatórios no sistema digestivo."

Segundo o especialista "temos três produtos por via oral e um por via parenteral: etoricoxib, lumiracoxib e celecoxib por via oral e parecoxib por via parenteral com os nomes comerciais de arcoxia, prexige, celebra e bextra. Os problemas cardiovasculares dos novos antiinflamatórios são discretamente maiores dos que os convencionais tipo Voltaren, Cataflan, etc.

Efeitos colaterais, que requerem hospitalização, por sua vez, estão cada vez menos freqüentes." Sheinberg diz ainda que a obtenção desses medicamentos no Brasil sem receita é um problema grave. "Nas farmácias, o balconista desconhece o uso do medicamento que, em idosos, representa um risco de interações e efeitos adversos. Os cuidados com os antiinflamatórios são maiores quando se faz uso dos mesmos por tempo prolongado em enfermidades crônicas como é o caso das artrites inflamatórias."

Já o clínico geral do Hospital Sírio Libanês, Alfredo Salim Helito, declara que "o medicamento é eficaz se bem ministrado com acompanhamento médico". O médico alerta: "Não confundir inflamação com infecção. Quando o processo inflamatório tem como origem um verme (bactéria, fungo, vírus ou parasitas) em geral isso passa a ser infecção. Inflamação é o processo de reação do organismo a uma agressão que pode ter várias causas como traumas, doenças reumatológicas, que causam dor, vermelhidão, inchaço e aumento da temperatura na região."

"A descoberta da substância revolucionou a medicina no tratamento da dor no pós-operatório. O efeito é mágico como analgésico", diz Helito, ressaltando que, "infelizmente em grande parte dos casos existe a automedicação, e o uso diário sem orientação médica pode causar danos a saúde". As causas para o uso desordenado do medicamento são alarmantes e pode provocar riscos a saúde do paciente.

Estudos comprovam casos de insuficiência renal, problemas hepáticos (hepatite),cardiológicos, alteração da mucosa gástrica, úlcera e hemorragias pulmonares. "Usado sem orientação médica ou fiscalização pode ser fatal", alerta Helito. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), vem fiscalizando com maior atenção a comercialização do COX-2, novo antiinflamatório mais conhecido como coxibe ou ainda inibidor seletivo.

Alguns medicamentos foram retirados do mercado sob suspeita de causarem efeitos no sistema cardiovascular. Em função desses alertas, a Anvisa, juntamente com a Cateme (Câmara Técnica de Medicamento), organiza debates, discussões sobre os efeitos colaterais desses antiinflamatórios. As informações quanto a problemas cardíacos não foram comprovados, existe somente uma suspeita. No entanto, a Cateme recomendou às empresas que fosse indicado na bula dos coxibes advertências e restrições quanto ao uso do medicamento.

O médico e professor da Unicamp Gilberto Nucci, especialista em farmacologia, explica que o medicamento, "promove alívio das dores e redução do quadro de inflamação. Entretanto, no tratamento de patologias inflamatórias crônicas, seu benefício é discreto, visto não influenciar a progressão da doença." Nucci também alerta quanto a automedicação.

Moisés Cohen, professor do departamento de Ortopedia e traumatologia da Universidade Federal de São Paulo, diretor do Instituto Cohen, clínica médica especializada na reabilitação do corpo em esforço físicos em esportistas e tratamentos de ortopedia, se utiliza antiinflamatórios na recuperação dos seus pacientes. "É preciso utilizar o medicamento com precaução. O tratamento varia para cada paciente", diz. Cohen evita prescrever antiinflamatórios para pacientes idosos ou que apresentem um quadro clínico com problemas gástricos, ou renais.

A discussão sobre os possíveis riscos que os antiinflamatórios causam a saúde do paciente está em pauta desde a sua descoberta. A maioria dos especialistas concorda com a gravidade da automedicação e o uso contínuo do medicamento sem orientação de um profissional especializado. Por isso, lembre-se de que os antiinflamatórios devem ser usados com cautela, com prescrição e acompanhamento médico.

Leia atentamente a bula do medicamento e siga corretamente as orientações médicas. Observe os efeitos colaterais durante o tratamento e informe imediatamente seu médico. Dietas funcionais melhor com aconselhamento Os programas criados para ajudar as pessoas que fazem dieta a manter sua perda de peso são mais eficientes caso os participantes se relacionem pelo menos uma vez por mês com um consultor.

Aqueles que participaram de sessões de aconselhamento pessoal todos os meses conseguiram manter a maior parte dos quilos perdidos e foram seguidos por aqueles que participavam de programas monitorados pela internet, segundo um estudo que foi publicado este mês pelo periódico Journal of the American Medical Association. As pessoas que lutaram sozinhas contra seu peso conseguiram manter o menor número de quilos perdidos, disseram os pesquisadores. Quase dois terços dos norte-americanos estão com sobrepeso ou são obesos.

O excesso de peso é a segunda principal causa de mortes passíveis de prevenção dos Estados Unidos, segundo o estudo. Os pesquisadores pretendem usar os resultados desse experimento para criar formas melhores de ajudar as pessoas a manterem a perda de peso, disse a coordenadora do estudo, Laura Svetkey.

"Nós sabemos bastante sobre como ajudar as pessoas a perderem peso de forma saudável. Mas sabemos muito pouco sobre como ajudar as pessoas a manterem a perda de peso", disse Svetkey, professora da medicina da Universidade Duke em Durham, Carolina do Norte. "Se nós quisermos obter benefícios sustentáveis para a saúde, precisamos descobrir uma forma de alcançar uma perda de peso sustentável."

No início do estudo, 1.685 adultos com sobrepeso ou obesos com hipertensão, altas taxas de colesterol ou ambas as condições foram solicitados a aumentar o tempo de seus exercícios físicos, a ingerir menos calorias, a seguir uma dieta especial e a participar de 20 reuniões de grupo semanais no período de seis meses. Apenas aqueles que perderam pelo menos quatro quilos tiveram permissão para continuar participando do estudo.

Na segunda fase do experimento, 1.032 pessoas que perderam peso suficiente foram indicadas para receber acompanhamento mensal de um consultor ou pela internet ou foram deixadas sozinhas para administrar sua própria perda de peso. O estudo foi patrocinado pelos Institutos Nacionais de Saúde dos EUA. Setenta e sete por cento dos que receberam acompanhamento pessoal mantiveram parte do peso perdido, comparativamente a 69% daqueles do grupo da internet e 67% dos que foram deixados à própria sorte.

Após dois anos e meio, o grupo do acompanhamento pessoal havia recuperado 1,4 quilo menos do que os que foram deixados para controlar seus pesos sozinhos. Os participantes do grupo da internet se saíram igualmente bem durante os dois primeiros anos, mas, ao final do estudo, sua capacidade para manter o peso era semelhante à daqueles que foram deixados sozinhos.

Fonte:
http://www.sindifarmajp.com.br/noticias.php?not_id=231

SANGUE NAS FESES - CUIDADO!!!

SANGUE NAS FESES - fisiopatologia (texto explicativo) (partes editadas por Alexandre Firme)

A presença de sangue nas fezes, seja vivo ou digerido, sempre causa grande apreensão ao paciente e seus familiares.

Existem várias causas para hemorragia digestiva e vários tipos de apresentação para fezes com sangue.

Vamos primeiro às definições:

- Hemorragia digestiva alta: Todo sangramento que ocorre no trato gastrointestinal acima do duodeno, ou seja, esôfago, estômago e o próprio duodeno.

- Hemorragia digestiva baixa: Todo sangramento que ocorre no trato gastrointestinal após o duodeno, ou seja, intestino delgado, grosso, reto e ânus.

A presença de sangue nas fezes pode se apresentar de várias maneiras. Fezes com sangue vivo normalmente indicam hemorragia digestiva baixa, enquanto que fezes escuras, com sangue digerido, são em geral, devido a hemorragia digestiva alta.

Trato digestivoFezes com sangue digerido recebem o nome de melena. São negras, pastosas, semelhante a piche (Brasil) ou alcatrão (Portugal) e com odor muito forte. Às vezes apresentam raias de sangue não digerido ao redor.

A hemorragia digestiva pode ser óbvia ou oculta. Muitas vezes a quantidade de sangue perdido é pequena e se mistura com as fezes, passando despercebida pelo paciente. Apesar do volume ser pequeno, o fato de ser constante leva à anemia, que muitas vezes é a única pista de um sangramento digestivo.
O QUE É ANEMIA ?

A presença de sangue nas fezes, perceptível ou não, pode significar uma gama de patologias, das mais simples como hemorróidas, até as mais graves como câncer de intestino. Vamos falar das mais comuns:

1.) Úlcera gástrica ou duodenal

As úlceras gástricas ou duodenais são causadas principalmente pelo uso crônico de anti-inflamatórios e/ou infecções pelo H. pylori.

AÇÃO E EFEITOS COLATERAIS DOS ANTI-INFLAMATÓRIOS

Como e quando tratar o H.Pylori (Helicobacter pylori

Como ocorrem na parte alta do trato digestivo, costumam se apresentar como melena. Porém, a quantidade de sangue perdido pode ser tão grande que não há tempo para digeri-lo, levando a evacuação de sangue vivo.

O sangramento por uma úlcera pode ser pequeno o suficiente para o doente não reparar alterações nas fezes, caindo naquele grupo que apresenta anemia sem sangramento evidente. Pode também se apresentar com sangramento vultuoso, inclusive com vômitos sanguinolentos.

2.) Diverticulose
-> clique na imagem abaixo para ampliar.
Diverticulose
Divertículo é uma protusão da parede do intestino. São pequenos sacos, semelhantes a dedos de luvas, que ocorrem principalmente na parede do cólon por enfraquecimento da musculatura do mesmo. É muito comum após os 60 anos e normalmente são múltiplos ao longo do intestino grosso.

São lesões benignas mas que podem sangrar ou inflamar se ficarem obstruídos por fezes.

Divertículos
Reparem na foto de um divertículo em uma colonoscopia. A foto da direita é a imagem ampliada. Reparem como os vasos sanguíneos ficam expostos quando ocorre essa protusão da parede.

Os divertículos costumam causar sangramentos indolores, vivos e volumosos. É das principais causas de sangramento vultuoso em idosos.

Para saber mais sobre divertículos:
DIVERTICULITE | DIVERTICULOSE | Sintomas tratamento

3.) Câncer

Aproximadamente 10% das hemorragias digestivas em pessoas acima dos 50 anos são secundárias a tumores do intestino. Os sangramentos tumorais costumam ser de pequena quantidade e também podem passar despercebidos.

Alguns sinais podem indicar um maior risco de sangramento neoplásico: fezes em fita, ou seja, com diâmetro pequeno, alterações dos hábitos intestinais como constipação intestinal de início recente, emagrecimento associado a anemia em doentes idosos, etc...

4.) Inflamação intestinal

Qualquer doença que cause inflamação nos intestinos pode levar a sangramento nas fezes. Isto vale desde intoxicações alimentares com diarréia sanguinolenta até as chamadas doenças inflamatórias intestinais que compreendem a Doença de Crohn e a Retocolite Ulcerativa.

Nestes casos o sangramento normalmente vem acompanhado de diarréia de grande intensidade e febre.

DIARRÉIA. SINAIS DE GRAVIDADE E TRATAMENTO
ENTENDA A DOENÇA DE CROHN E A RETOCOLITE ULCERATIVA


5.) Angiodisplasia

São dilatações e enfraquecimento da parede dos vasos da mucosa do intestino, que por ficarem mais expostos e mais frágeis, rompem-se com mais facilidade.

A angiodisplasia é mais comum após os 60 anos e pode causar desde sangramentos volumosos até um quadro assintomático, onde o paciente não apresenta nenhuma perda sanguínea e sequer suspeita que possua alguma alteração.

6.) Sangramentos retais de pequena quantidade

Pequenas quantidades de sangue nas fezes ou mesmo sangramentos detectáveis somente a passagem do papel higiênico são muito comuns. Em 90% dos casos, a etiologia é benigna.

As principais causas são:

- Hemorróidas - SINTOMAS E TRATAMENTO DAS HEMORRÓIDAS
- Fissuras anais
- Pólipos intestinais - PÓLIPOS INTESTINAIS | O que são, sintomas e tratamento
- Proctites
- Úlceras no reto
- Câncer

As 2 mais comuns são Hemorróidas e fissuras anais. A primeira se manifesta como sangramentos de pequena quantidade que envolvem o final das fezes, através de pingos de sangue que ocorrem após a evacuação ou manchas de sangue no papel higiênico após a limpeza do ânus. A hemorróida quando grande pode ser facilmente vista pelo próprio paciente.

A fissura anal normalmente causa sangramentos associado a evacuação, que costuma ser bastante dolorosa. A distinção entre hemorróidas e fissura é facilmente feita pelo exame físico.

Apesar do pequeno volume, esses pequenos sangramentos retais quando ocorrem de forma crônica podem levar a anemia.

A investigação das hemorragias digestivas é normalmente feita com um método endoscópico. A colonoscopia para sangramentos no cólon e a endoscopia digestiva alta para sangramentos no esôfago, estômago e duodeno.

Infecções intestinais também são causas de sangue nas fezes, porém não costumam cursar com sangramento abundante. São comuns outros sinais e sintomas associados, principalmente febre, diarréia e vômitos. As parasitoses intestinais podem ocasionalmente se apresentar com sangue misturado às fazes

VERMES E EXAME PARASITOLÓGICO DE FEZES

Fonte:
Sangue nas feses - atenção!