Antiinflamatório: mocinho ou vilão?
Campeão em automedicação, o medicamento é vendido sem prescrição ou qualquer controle.
Os antiinflamatórios estão presentes no dia-a-dia de todos nós, talvez pela sua eficácia em combater dores, inflamações lombares, trazendo alívio imediato. Segundo pesquisa, os antiinflamatórios são os campeões de venda no quesito automedicação.
Aquela dorzinha incômoda, tensões musculares pelas sessões na academia, um simples tombo, são fatores que nos levam a correr voraz à farmácia a caça de um antiinflamatório. O medicamento é vendido sem prescrição médica ou qualquer tipo de controle. Existe uma grande variedade disponível no mercado, em forma de comprimidos, cremes, pomadas, gotas, injetáveis - seu uso na maioria das vezes é oral.
Morton Sheinberg, clínico reumatologista e pesquisador imunologista do Hospital Albert Einstein, acrescenta que "os novos antiinflamatórios conhecidos como inibidores da ciclooxigenase 2 possuem comprovada eficácia na redução de úlceras gástricas. Já usar aspirina ao mesmo tempo neutraliza o efeito benéfico dos novos antinflamatórios no sistema digestivo."
Segundo o especialista "temos três produtos por via oral e um por via parenteral: etoricoxib, lumiracoxib e celecoxib por via oral e parecoxib por via parenteral com os nomes comerciais de arcoxia, prexige, celebra e bextra. Os problemas cardiovasculares dos novos antiinflamatórios são discretamente maiores dos que os convencionais tipo Voltaren, Cataflan, etc.
Efeitos colaterais, que requerem hospitalização, por sua vez, estão cada vez menos freqüentes." Sheinberg diz ainda que a obtenção desses medicamentos no Brasil sem receita é um problema grave. "Nas farmácias, o balconista desconhece o uso do medicamento que, em idosos, representa um risco de interações e efeitos adversos. Os cuidados com os antiinflamatórios são maiores quando se faz uso dos mesmos por tempo prolongado em enfermidades crônicas como é o caso das artrites inflamatórias."
Já o clínico geral do Hospital Sírio Libanês, Alfredo Salim Helito, declara que "o medicamento é eficaz se bem ministrado com acompanhamento médico". O médico alerta: "Não confundir inflamação com infecção. Quando o processo inflamatório tem como origem um verme (bactéria, fungo, vírus ou parasitas) em geral isso passa a ser infecção. Inflamação é o processo de reação do organismo a uma agressão que pode ter várias causas como traumas, doenças reumatológicas, que causam dor, vermelhidão, inchaço e aumento da temperatura na região."
"A descoberta da substância revolucionou a medicina no tratamento da dor no pós-operatório. O efeito é mágico como analgésico", diz Helito, ressaltando que, "infelizmente em grande parte dos casos existe a automedicação, e o uso diário sem orientação médica pode causar danos a saúde". As causas para o uso desordenado do medicamento são alarmantes e pode provocar riscos a saúde do paciente.
Estudos comprovam casos de insuficiência renal, problemas hepáticos (hepatite),cardiológicos, alteração da mucosa gástrica, úlcera e hemorragias pulmonares. "Usado sem orientação médica ou fiscalização pode ser fatal", alerta Helito. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), vem fiscalizando com maior atenção a comercialização do COX-2, novo antiinflamatório mais conhecido como coxibe ou ainda inibidor seletivo.
Alguns medicamentos foram retirados do mercado sob suspeita de causarem efeitos no sistema cardiovascular. Em função desses alertas, a Anvisa, juntamente com a Cateme (Câmara Técnica de Medicamento), organiza debates, discussões sobre os efeitos colaterais desses antiinflamatórios. As informações quanto a problemas cardíacos não foram comprovados, existe somente uma suspeita. No entanto, a Cateme recomendou às empresas que fosse indicado na bula dos coxibes advertências e restrições quanto ao uso do medicamento.
O médico e professor da Unicamp Gilberto Nucci, especialista em farmacologia, explica que o medicamento, "promove alívio das dores e redução do quadro de inflamação. Entretanto, no tratamento de patologias inflamatórias crônicas, seu benefício é discreto, visto não influenciar a progressão da doença." Nucci também alerta quanto a automedicação.
Moisés Cohen, professor do departamento de Ortopedia e traumatologia da Universidade Federal de São Paulo, diretor do Instituto Cohen, clínica médica especializada na reabilitação do corpo em esforço físicos em esportistas e tratamentos de ortopedia, se utiliza antiinflamatórios na recuperação dos seus pacientes. "É preciso utilizar o medicamento com precaução. O tratamento varia para cada paciente", diz. Cohen evita prescrever antiinflamatórios para pacientes idosos ou que apresentem um quadro clínico com problemas gástricos, ou renais.
A discussão sobre os possíveis riscos que os antiinflamatórios causam a saúde do paciente está em pauta desde a sua descoberta. A maioria dos especialistas concorda com a gravidade da automedicação e o uso contínuo do medicamento sem orientação de um profissional especializado. Por isso, lembre-se de que os antiinflamatórios devem ser usados com cautela, com prescrição e acompanhamento médico.
Leia atentamente a bula do medicamento e siga corretamente as orientações médicas. Observe os efeitos colaterais durante o tratamento e informe imediatamente seu médico. Dietas funcionais melhor com aconselhamento Os programas criados para ajudar as pessoas que fazem dieta a manter sua perda de peso são mais eficientes caso os participantes se relacionem pelo menos uma vez por mês com um consultor.
Aqueles que participaram de sessões de aconselhamento pessoal todos os meses conseguiram manter a maior parte dos quilos perdidos e foram seguidos por aqueles que participavam de programas monitorados pela internet, segundo um estudo que foi publicado este mês pelo periódico Journal of the American Medical Association. As pessoas que lutaram sozinhas contra seu peso conseguiram manter o menor número de quilos perdidos, disseram os pesquisadores. Quase dois terços dos norte-americanos estão com sobrepeso ou são obesos.
O excesso de peso é a segunda principal causa de mortes passíveis de prevenção dos Estados Unidos, segundo o estudo. Os pesquisadores pretendem usar os resultados desse experimento para criar formas melhores de ajudar as pessoas a manterem a perda de peso, disse a coordenadora do estudo, Laura Svetkey.
"Nós sabemos bastante sobre como ajudar as pessoas a perderem peso de forma saudável. Mas sabemos muito pouco sobre como ajudar as pessoas a manterem a perda de peso", disse Svetkey, professora da medicina da Universidade Duke em Durham, Carolina do Norte. "Se nós quisermos obter benefícios sustentáveis para a saúde, precisamos descobrir uma forma de alcançar uma perda de peso sustentável."
No início do estudo, 1.685 adultos com sobrepeso ou obesos com hipertensão, altas taxas de colesterol ou ambas as condições foram solicitados a aumentar o tempo de seus exercícios físicos, a ingerir menos calorias, a seguir uma dieta especial e a participar de 20 reuniões de grupo semanais no período de seis meses. Apenas aqueles que perderam pelo menos quatro quilos tiveram permissão para continuar participando do estudo.
Na segunda fase do experimento, 1.032 pessoas que perderam peso suficiente foram indicadas para receber acompanhamento mensal de um consultor ou pela internet ou foram deixadas sozinhas para administrar sua própria perda de peso. O estudo foi patrocinado pelos Institutos Nacionais de Saúde dos EUA. Setenta e sete por cento dos que receberam acompanhamento pessoal mantiveram parte do peso perdido, comparativamente a 69% daqueles do grupo da internet e 67% dos que foram deixados à própria sorte.
Após dois anos e meio, o grupo do acompanhamento pessoal havia recuperado 1,4 quilo menos do que os que foram deixados para controlar seus pesos sozinhos. Os participantes do grupo da internet se saíram igualmente bem durante os dois primeiros anos, mas, ao final do estudo, sua capacidade para manter o peso era semelhante à daqueles que foram deixados sozinhos.
Morton Sheinberg, clínico reumatologista e pesquisador imunologista do Hospital Albert Einstein, acrescenta que "os novos antiinflamatórios conhecidos como inibidores da ciclooxigenase 2 possuem comprovada eficácia na redução de úlceras gástricas. Já usar aspirina ao mesmo tempo neutraliza o efeito benéfico dos novos antinflamatórios no sistema digestivo."
Segundo o especialista "temos três produtos por via oral e um por via parenteral: etoricoxib, lumiracoxib e celecoxib por via oral e parecoxib por via parenteral com os nomes comerciais de arcoxia, prexige, celebra e bextra. Os problemas cardiovasculares dos novos antiinflamatórios são discretamente maiores dos que os convencionais tipo Voltaren, Cataflan, etc.
Efeitos colaterais, que requerem hospitalização, por sua vez, estão cada vez menos freqüentes." Sheinberg diz ainda que a obtenção desses medicamentos no Brasil sem receita é um problema grave. "Nas farmácias, o balconista desconhece o uso do medicamento que, em idosos, representa um risco de interações e efeitos adversos. Os cuidados com os antiinflamatórios são maiores quando se faz uso dos mesmos por tempo prolongado em enfermidades crônicas como é o caso das artrites inflamatórias."
Já o clínico geral do Hospital Sírio Libanês, Alfredo Salim Helito, declara que "o medicamento é eficaz se bem ministrado com acompanhamento médico". O médico alerta: "Não confundir inflamação com infecção. Quando o processo inflamatório tem como origem um verme (bactéria, fungo, vírus ou parasitas) em geral isso passa a ser infecção. Inflamação é o processo de reação do organismo a uma agressão que pode ter várias causas como traumas, doenças reumatológicas, que causam dor, vermelhidão, inchaço e aumento da temperatura na região."
"A descoberta da substância revolucionou a medicina no tratamento da dor no pós-operatório. O efeito é mágico como analgésico", diz Helito, ressaltando que, "infelizmente em grande parte dos casos existe a automedicação, e o uso diário sem orientação médica pode causar danos a saúde". As causas para o uso desordenado do medicamento são alarmantes e pode provocar riscos a saúde do paciente.
Estudos comprovam casos de insuficiência renal, problemas hepáticos (hepatite),cardiológicos, alteração da mucosa gástrica, úlcera e hemorragias pulmonares. "Usado sem orientação médica ou fiscalização pode ser fatal", alerta Helito. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), vem fiscalizando com maior atenção a comercialização do COX-2, novo antiinflamatório mais conhecido como coxibe ou ainda inibidor seletivo.
Alguns medicamentos foram retirados do mercado sob suspeita de causarem efeitos no sistema cardiovascular. Em função desses alertas, a Anvisa, juntamente com a Cateme (Câmara Técnica de Medicamento), organiza debates, discussões sobre os efeitos colaterais desses antiinflamatórios. As informações quanto a problemas cardíacos não foram comprovados, existe somente uma suspeita. No entanto, a Cateme recomendou às empresas que fosse indicado na bula dos coxibes advertências e restrições quanto ao uso do medicamento.
O médico e professor da Unicamp Gilberto Nucci, especialista em farmacologia, explica que o medicamento, "promove alívio das dores e redução do quadro de inflamação. Entretanto, no tratamento de patologias inflamatórias crônicas, seu benefício é discreto, visto não influenciar a progressão da doença." Nucci também alerta quanto a automedicação.
Moisés Cohen, professor do departamento de Ortopedia e traumatologia da Universidade Federal de São Paulo, diretor do Instituto Cohen, clínica médica especializada na reabilitação do corpo em esforço físicos em esportistas e tratamentos de ortopedia, se utiliza antiinflamatórios na recuperação dos seus pacientes. "É preciso utilizar o medicamento com precaução. O tratamento varia para cada paciente", diz. Cohen evita prescrever antiinflamatórios para pacientes idosos ou que apresentem um quadro clínico com problemas gástricos, ou renais.
A discussão sobre os possíveis riscos que os antiinflamatórios causam a saúde do paciente está em pauta desde a sua descoberta. A maioria dos especialistas concorda com a gravidade da automedicação e o uso contínuo do medicamento sem orientação de um profissional especializado. Por isso, lembre-se de que os antiinflamatórios devem ser usados com cautela, com prescrição e acompanhamento médico.
Leia atentamente a bula do medicamento e siga corretamente as orientações médicas. Observe os efeitos colaterais durante o tratamento e informe imediatamente seu médico. Dietas funcionais melhor com aconselhamento Os programas criados para ajudar as pessoas que fazem dieta a manter sua perda de peso são mais eficientes caso os participantes se relacionem pelo menos uma vez por mês com um consultor.
Aqueles que participaram de sessões de aconselhamento pessoal todos os meses conseguiram manter a maior parte dos quilos perdidos e foram seguidos por aqueles que participavam de programas monitorados pela internet, segundo um estudo que foi publicado este mês pelo periódico Journal of the American Medical Association. As pessoas que lutaram sozinhas contra seu peso conseguiram manter o menor número de quilos perdidos, disseram os pesquisadores. Quase dois terços dos norte-americanos estão com sobrepeso ou são obesos.
O excesso de peso é a segunda principal causa de mortes passíveis de prevenção dos Estados Unidos, segundo o estudo. Os pesquisadores pretendem usar os resultados desse experimento para criar formas melhores de ajudar as pessoas a manterem a perda de peso, disse a coordenadora do estudo, Laura Svetkey.
"Nós sabemos bastante sobre como ajudar as pessoas a perderem peso de forma saudável. Mas sabemos muito pouco sobre como ajudar as pessoas a manterem a perda de peso", disse Svetkey, professora da medicina da Universidade Duke em Durham, Carolina do Norte. "Se nós quisermos obter benefícios sustentáveis para a saúde, precisamos descobrir uma forma de alcançar uma perda de peso sustentável."
No início do estudo, 1.685 adultos com sobrepeso ou obesos com hipertensão, altas taxas de colesterol ou ambas as condições foram solicitados a aumentar o tempo de seus exercícios físicos, a ingerir menos calorias, a seguir uma dieta especial e a participar de 20 reuniões de grupo semanais no período de seis meses. Apenas aqueles que perderam pelo menos quatro quilos tiveram permissão para continuar participando do estudo.
Na segunda fase do experimento, 1.032 pessoas que perderam peso suficiente foram indicadas para receber acompanhamento mensal de um consultor ou pela internet ou foram deixadas sozinhas para administrar sua própria perda de peso. O estudo foi patrocinado pelos Institutos Nacionais de Saúde dos EUA. Setenta e sete por cento dos que receberam acompanhamento pessoal mantiveram parte do peso perdido, comparativamente a 69% daqueles do grupo da internet e 67% dos que foram deixados à própria sorte.
Após dois anos e meio, o grupo do acompanhamento pessoal havia recuperado 1,4 quilo menos do que os que foram deixados para controlar seus pesos sozinhos. Os participantes do grupo da internet se saíram igualmente bem durante os dois primeiros anos, mas, ao final do estudo, sua capacidade para manter o peso era semelhante à daqueles que foram deixados sozinhos.
Fonte:
http://www.sindifarmajp.com.br/noticias.php?not_id=231
Um comentário:
Il semble que vous soyez un expert dans ce domaine, vos remarques sont tres interessantes, merci.
- Daniel
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