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PEÇO DESCULPAS AOS USUÁRIOS, POIS HOUVE UM ERRO NA CONTAGEM DE VISITAS, POIS A MESMA ESTAVA POR VOLTA DOS 37000 acessos. Reparei o erro de contagem no dia 27-04-2011, portanto parte-se deste número em diante, ja que não há outra fotma de voltar aos acessos anteriores. Grato pela consideração de sempre! Alexandre de Souza Firme, nascido em 16/10/1976 - Formado em Fisioterapia pela UNIFESO desde 2013 (http://www.feso.br/graduacao/fisioterapia.php). Este blog é direcionado às áreas biomédicas, fisioterapia principalmente, para os interessados em obter e reciclar seus conhecimentos. Leitor, deixe seu comentário, mas sempre que possível, com sua identificação ou e-mail para que possa haver um melhor contato.

segunda-feira, 5 de abril de 2010

TRAUMATISMO RAQUIMEDULAR

Assunto bastante comentado e ocorrido na atualidade.

Traumatismo raquimedular

Os traumatismos raquimedulares (coluna vertebral e medula) são lesões freqüentes na vida moderna. Estima-se que a lesão da medula espinhal ocorra em cerca de 15% a 20% das fraturas da coluna vertebral, e que 10% a 15% dos pacientes apresentem dano neurológico severo com grande morbidade e 5% de taxa de mortalidade, somente nos EUA (Fig. 1).

Figura 1 – Figuras esquemáticas de fraturas da coluna


Devido a esta grande incidência e custos elevados no diagnóstico, tratamento, reabilitação e manutenção destes pacientes, a patologia é considerada como um grande problema socioeconômico. A lesão é mais freqüente no sexo masculino na proporção de 4:1, comprometendo os pacientes com faixa etária entre 15 e 40 anos de idade. A principal causa destas lesões são os acidentes envolvendo veículos automotores. Outras causas importantes são queda de altura, traumatismos esportivos, mergulho em águas rasas e ferimentos por arma de fogo que nos centros urbanos têm apresentado incidência crescente com o aumento da violência.

A localização anatômica mais comum de lesão medular é na região cervical, que está associada também ao maior índice de complicações, seqüelas e mortalidade em relação aos demais segmentos vertebrais (Fig. 2).

Figura 2 – Lesão da coluna cervical com deslocamento (fratura – luxação)


Avaliação clínica e abordagem inicial

Todo o paciente com história de traumatismo cranioencefálico, cervical, torácico ou abdominal deve ser considerado como potencialmente portador de fratura da coluna. Também deve-se incluir nesta categoria os pacientes vítimas de traumas severos, pacientes inconscientes (desmaiados) e todos os pacientes que apresentem limitação dos movimentos e dor localizada na coluna vertebral mesmo que apresentem movimentos com os membros.

É importante que a pessoa que preste os primeiros socorros tenha sempre e mente que o paciente deve ficar imobilizado, na medida do possível, tanto tempo quanto for necessário até a chegada de equipe especializada, para afastar a possibilidade de lesão de coluna vertebral e movimentar o paciente de forma segura.
A movimentação inadequada do paciente com lesões vertebrais instáveis pode provocar dano medular adicional. A imobilização com colar cervical e maca rígida auxiliam na proteção do transporte. No atendimento inicial do paciente é fundamental a avaliação e preservação das funções vitais básicas. No atendimento hospitalar, a história do trauma e o exame físico geral são fundamentais na avaliação da lesão vertebral e outras associadas.

Avaliação radiológica e diagnóstico por imagem

A radiografia cervical em perfil deve ser obtida assim que estabilizado o paciente. As radiografias da coluna torácica, lombar e pelve também são fundamentais. O estudo com ressonância nuclear magnética (RNM) e a tomografia computadorizada, mostram com fidelidade as estruturas neurais, o canal raquídeo e a arquitetura vertebral, respectivamente, auxiliando quanto à etiologia do dano neurológico, no tratamento cirúrgico, bem como na classificação de lesões estáveis e instáveis (Fig. 3).

Figura 3 – Ressonância magnética de uma Fratura-luxação da coluna cervical


Tratamento

O tratamento específico da lesão no segmento vertebral fraturado tem como principal objetivo a preservação da anatomia e função da medula espinhal, restauração do alinhamento da coluna vertebral, estabilização do segmento vertebral lesado, prevenção de complicações gerais e locais. Na impossibilidade de realização do tratamento definitivo, a redução da fratura cervical e o realinhamento do canal vertebral podem ser obtidos por meio da aplicação de tração longitudinal, utilizando-se halo-craniano, promovendo descompressão indireta das estruturas nervosas do segmento vertebral.

As indicações do tratamento cirúrgico têm sido baseadas na presença de instabilidade do segmento vertebral e lesão neurológica. A presença de paralisia incompleta e progressiva é indicação absoluta e urgente de tratamento cirúrgico (Fig. 4).

Figura 4 – Fixação anterior da coluna cervical


A estabilização precoce das lesões facilita a mobilização dos pacientes e promove de modo mais rápido a reabilitação, reintegração social, reduzindo ainda as complicações inerentes a essas lesões (Fig. 5).

Figura 5 – Fixação posterior da coluna cervical

3 comentários:

Unknown disse...

Nossa amor, adorei esse estudo...achei muito interessante, me amarrei em ler ele...PARABÉNS, seu blog está demais!!

Anônimo disse...

Gostei muito do assunto, trabalho como Bombeiro na area de atendimento pre-hospitalar e procuro muitos assuntos referente ao trauma de cervical para melhorar o meu atendimento, ta de parabens.

Alexandre Firme - dono do blog disse...

Muito obrigado pelos elogios. São pesquisas sérias, pois com a vida n]ao se brinca nunca! Faço o melhor que posso para manter informações de qualidade neste espaço, pois sei que muitas pessoas o buscam para estar agregar conhecimentos ou mesmo obtê-los. Fico muito feliz com o recohecimento das pessoas que passam por aqui e deixam sua marca! Forte abraço a todos! Alexandre Firme.