PEÇO DESCULPAS AOS USUÁRIOS, POIS HOUVE UM ERRO NA CONTAGEM DE VISITAS, POIS A MESMA ESTAVA POR VOLTA DOS 37000 acessos. Reparei o erro de contagem no dia 27-04-2011, portanto parte-se deste número em diante, ja que não há outra fotma de voltar aos acessos anteriores. Grato pela consideração de sempre!
Alexandre de Souza Firme, nascido em 16/10/1976 - Formado em Fisioterapia pela UNIFESO desde 2013 (http://www.feso.br/graduacao/fisioterapia.php). Este blog é direcionado às áreas biomédicas, fisioterapia principalmente, para os interessados em obter e reciclar seus conhecimentos. Leitor, deixe seu comentário, mas sempre que possível, com sua identificação ou e-mail para que possa haver um melhor contato.
A tendinite é uma lesão inflamatória que se desenvolve nos tendões, podendo se apresentar de forma aguda ou crônica. Com maior freqüência, os casos de tendinite no ombro, são decorrentes de desgaste sofrido pelos tendões durante anos, e que a partir de um determinado momento aparece a dor e/ou limitação de movimentos.
AGUDA: ocorre devido algum problema de uso excessivo da articulação (arremessos durante a prática esportiva, o saque no tênis, a cortada no vôlei), ou a um trauma acometendo o ombro (queda).
CRÔNICA: resulta da lesão degenerativa, por desgaste repetitivo, ou devido a idade 9 envelhecimento biológico do tendão).
Tendinite do músculo supra espinhal:
As lesões mais freqüentes da articulação do ombro são as afecções do tendão do músculo supra espinhal (tendopatias com ou sem calcificação ou ruptura). O principal abdutor do ombro é o músculo supra-espinhal , juntamente com o músculo deltóide. A elevação lateral do braço (abdução) leva à diminuição da distância entre o tendão, por um lado, e o acrômio e o ligamento coracoacromial, do outro lado. A solicitação exagerada deste tendão pode ocorrer em diversas modalidades esportivas, provocando uma reação inflamatória. Esta reação inflamatória, acompanhada de edema, provoca fricção da bolsa contra o teto da articulação do ombro, durante os movimentos de abdução do braço entre 60 e 120 graus. Isto implica novos microtraumatismos dos tendões, criando assim um circulo vicioso. O tendão do músculo supra espinhal possui vascularização mais ou menos precária, de modo que as alterações degenerativas se instalem rapidamente. As modalidades de esporte que favorecem esta afecção são principalmente aquelas que apresentam um componente importante de caráter explosivo ou dinâmico.
Tendinite do músculo infra-espinhal:
As afecções do tendão do músculo infra-espinhal são menos freqüentes que as lesões do tendão do músculo supra espinhal. A menor freqüência é devida às melhores condições circulatórias locais. Por conseguinte, as alterações degenerativas são mais raras. O músculo infra-espinhal é o músculo mais importante para a rotação externa; inserem-se logo atrás e abaixo da inserção do músculo supra-espinhal.
Tendinite do músculo subescapular:
O músculo subescapular é o músculo mais importante para a rotação interna. Seu tendão é largo e achatado e se insere no pequeno tubérculo do úmero; o comprimento do tendão é de aproximadamente 2,5 a 3 cm, em sentido proximal-distal. A inserção tendinosa apresenta configuração piriforme :é mais larga em cima e mais estreita na extremidade inferior.
No caso destes sintomas aparecerem, procure um ortopedista e que se for bem entendido, te encaminhará para fisioterapia.
O ombro possui grandes bolsas (bursas) para movimentos livres de atrito entre os tendões e seus tecidos subjacentes. Cada uma delas poderá inflamar-se, porque você esteve usando o ombro de forma errada durante alguma atividade ou devido a uma lesão num tendão ou em alguma das outras estruturas articulares, que causou irritação.
Toda vez que você move o ombro de modo a contrair ou irritar a bolsa inflamada há uma reação de dor. No topo do ombro, a bursite provoca dor quando você estende o braço lateralmente ou quando o volta para frente com a palma da mão virada para baixo. Estando a bursite localizada na parte posterior do ombro, a dor se manifesta pela torção do braço em ambas as direções. Pode haver também uma sensação de “mordida” num determinado ponto do movimento do ombro.
É difícil distinguir a dor da bursite e a de um estiramento de músculo ou tendão. A principal diferença é que a Segunda se manifesta pelo acionamento ou alongamento do músculo, ao passo que a primeira está relacionada com o movimento do ombro, mesmo estando você completamente relaxado, por exemplo se deixa os braços oscilarem à deriva na superfície da água numa piscina. A bursite pode tornar-se mais dolorosa, se o problema se agravar, mas a dor será sentida sempre no mesmo lugar, toda vez que a bolsa é contraída numa posição que a irrite.
Bursite Subdeltóidea Aguda:
A bursite subdeltóidea aguda é a causa mais freqüente da limitação da mobilidade articular que não respeita as proporções capsulares. Esta doença tem início súbito, atingindo seu apogeu em apenas três dias. O paciente refere dores de intensidade progressiva, inicialmente localizadas no ombro e projetando-se em seguida até o punho. O exame revela acentuada limitação da mobilidade. Esta afecção difere do padrão capsular pela limitação predominante da abdução, enquanto a rotação externa se revela praticamente normal. As dores costumam ser muito intensas durante os primeiros dez dias; a cura espontânea leva cerca de seis semanas. É perfeitamente possível que ocorra uma recaída dentro dos cinco anos seguintes, seja no mesmo ombro, seja no lado oposto. A calcificação do tendão do músculo supra-espinhal é capaz de provocar a bursite aguda, quando os sais de cálcio se distribuem de repente na luz da bolsa subdeltóidea.
A bursite aguda pode também ser a primeira manifestação de um processo reumático.
Bursite Subdeltóidea Crônica:
Pode ser primária ou secundária, em analogia ao que ocorre com afecções da articulação acrômio-clavicular. Todavia, cumpre assinalar que a bursite crônica não apresenta a continuação ou a seqüela tardia da bursite agida. Essa última é uma doença inteiramente à parte.
A bursite crônica “primária” pode ocorrer em qualquer período etário entre os 15 e 65 anos. Parece ser secundária a alguma outra afecção do ombro, geralmente de natureza degenerativa, a qual por si só não provoca sintomas.
A bursite crônica secundária é muito mais freqüente que a forma primária. Trata-se sempre de seqüela de alguma afecção do manguito, de alguma patologia da articulação acrômio-clavicular ou da presença de irregularidades no acrômio e/ou no grande tubérculo (após fratura, por exemplo).
Bursite Subcoracóide:
A bursite subcoracóide manifesta-se por limitação dolorosa da rotação interna e a abdução permanecem normais. A rotação externa é completa quando executada passivamente, no ombro mantido em abdução de 90 graus. Nesta afecção, a dor é mais intensa durante a adução passiva horizontal, praticada adiante do corpo.
Nodo Sinusal Sinoatrial ou Nódulo de Keith e Flack - Nosso Coração Humano
Introdução:
Nó sinusal, Nó sinoatrial, nódo sinoatrial (NSA) ou Nódulo de Keith e Flack é uma estrutura anatômica do coraçãoque faz parte do sistema cardionector, responsável pela função de marcar o passo natural, ou seja, produz seu próprio potencial de ação, que é o estímulo elétrico. É a estrutura cardíaca com a maior freqüência de despolarização, ou seja, com maior automatismo. Sofre influências locais, do sistema nervoso autônomo e de vários hormônios. Localiza-se na junção do átrio direito com a veia cava superior. Este nó ou nodo, envia um estímulo elétrico pelos feixes internodais até o nódo ou nó atrioventricular (NAV), localizado ao lado do septo interatrial, apoiado sobre o fundo da cavidade do átrio direito, próximo à válvula atrioventricular tricúspide. No NAV, o estímulo sofre um retardo, que é importante para que os átrios contraiam pouco antes dos ventrículos. Depois o estímulo segue pelo feixe de PURKINJIE que se ramifica e se espalha para os ventrículos direito e esquerdo. No átrio esquerdo existe o ramo de Bachman que faz com que o estímulo se dissipe nesta região, permitindo que os dois átrios se contraiam simultaneamente.
SISTEMA IMUNOLÓGICO - AS RESPOSTAS IMUNES (Introdução ao estudo)
O sistema imunológico ou sistema imune é de grande eficiência no combate a microorganismos invasores. Mas não é só isso; ele também é responsável pela “limpeza” do organismo, ou seja, a retirada de células mortas, a renovação de determinadas estruturas, rejeição de enxertos, e memória imunológica. Também é ativo contra células alteradas, que diariamente surgem no nosso corpo, como resultado de mitoses anormais. Essas células, se não forem destruídas, podem dar origem a tumores.
Células do sistema imune são altamente organizadas como um exército. Cada tipo de célula age de acordo com sua função. Algumas são encarregadas de receber ou enviar mensagens de ataque, ou mensagens de supressão (inibição), outras apresentam o “inimigo” ao exército do sistema imune, outras só atacam para matar, outras constroem substâncias que neutralizam os “inimigos” ou neutralizam substâncias liberadas pelos “inimigos”.
Além dos leucócitos, também fazem parte do sistema imune as células do sistema mononuclear fagocitário, (SMF) antigamente conhecido por sistema retículo-endotelial e mastócitos. As primeiras são especializadas em fagocitose e apresentação do antígeno ao exército do sistema imune. São elas: macrófagos alveolares (nos pulmões), micróglia (no tecido nervoso), células de Kuppfer (no fígado) e macrófagos em geral.
Os mastócitos são células do tecido conjuntivo, originadas a partir de células mesenquimatosas (células de grande potência de diferenciação que dão origem às células do tecido conjuntivo). Possuem citoplasma rico em grânulos basófilos (coram-se por corantes básicos). Sua principal função é armazenar potentes mediadores químicos da inflamação, como a histamina, heparina, ECF-A (fator quimiotáxico – de atração- dos eosinófilos) e fatores quimiotáxicos (de atração) dos neutrófilos. Elas participam de reações alérgicas (de hipersensibilidade), atraindo os leucócitos até o local e proporcionando uma vasodilatação.
O nosso organismo possui mecanismos de defesa que podem ser diferenciados quanto a sua especificidade, ou seja, existem os específicos contra o antígeno ("corpo estranho") e os inespecíficos que protegem o corpo de qualquer material ou microorganismo estranho, sem que este seja específico.
O organismo possui barreiras naturais que são obviamente inespecíficas, como a da pele (queratina, lipídios e ácidos graxos), a saliva, o ácido clorídrico do estômago, o pH da vagina, a cera do ouvido externo, muco presente nas mucosas e no trato respiratório, cílios do epitélio respiratório, peristaltismo, flora normal, entre outros.
Se as barreiras físicas, químicas e biológicas do corpo forem vencidas, o combate ao agente infeccioso entra em outra fase. Nos tecidos, existem células que liberam substâncias vasoativas, capazes de provocar dilatação das arteríolas da região, com aumento da permeabilidade e saída de líquido. Isso causa vermelhidão, inchaço, aumento da temperatura e dor, conjunto de alterações conhecido como inflamação. Essas substâncias atraem mais células de defesa, como neutrófilos e macrófagos, para a área afetada.
A vasodilatação aumenta a temperatura no local inflamado, dificultando a proliferação de microrganismos e estimulando a migração de células de defesa. Algumas das substâncias liberadas no local da inflamação alcançam o centro termorregulador localizado no hipotálamo, originando a febre (elevação da temperatura corporal). Apesar do mal-estar e desconforto, a febre é um importante fator no combate às infecções, pois além de ser desfavorável para a sobrevivência dos microorganismos invasores, também estimula muitos dos mecanismos de defesa de nosso corpo.
Por diapedese, neutrófilos e monócitos são atraídos até o local da inflamação, passando a englobar e destruir (fagocitose) os agentes invasores. A diapedese e a fagocitose fazem dos neutrófilos a linha de frente no combate às infecções.
Outras substâncias liberadas no local da infecção chegam pelos vasos sangüíneos até a medula óssea, estimulando a liberação de mais neutrófilos, que ficam aumentados durante a fase aguda da infecção. No plasma também existem proteínas de ação bactericida que ajudam os neutrófilos no combate à infecção.
A inflamação determina o acúmulo de fibrina, que forma um envoltório ao redor do local, evitando a progressão da infecção.
Caso a resposta inflamatória não seja eficaz na contenção da infecção, o sistema imune passa a depender de mecanismos mais específicos e sofisticados, dos quais tomam parte vários tipos celulares, o que chamamos resposta imune específica.
INFLAMAÇÃO OU PROCESSO INFLAMATÓRIO - Muito importante!
A inflamação (do Latim inflammatio, atear fogo) ou processo inflamatório é uma resposta dos organismos vivos homeotérmicos a uma agressão sofrida. Entende-se como agressão qualquer processo capaz de causar lesão celular ou tecidual. Esta resposta padrão é comum a vários tipos de tecidos e é mediada por diversas substâncias produzidas pelas células danificadas e células do sistema imunitário que se encontram eventualmente nas proximidades da lesão.
A inflamação pode também ser considerada como parte do sistema imunitário, o chamado sistema imune inato, assim denominado por sua capacidade para deflagar uma resposta inespecífica contra padrões de agressão previamente e geneticamente definidos pelo organismo agredido. Esta definição se contrapõe à da imunidade adquirida, ou aquela onde o sistema imune identifica agentes agressores específicos segundo seu potencial antigênico. Neste último caso o organismo precisa entrar em contato com o agressor, identificá-lo como estranho e potencialmente nocivo e só então produzir uma resposta.
Breve Sumário
* 1 Aspectos históricos
* 2 Fisiopatologia (mecanismos de instalação)
* 3 Manifestações clínicas
* 4 Tipos
* 5 Doenças inflamatórias
o 5.1 Doenças auto-imunes
o 5.2 Síndrome da Resposta Inflamatória Sistêmica
o 5.3 Asma
o 5.4 Aterosclerose
* 6 Tratamento
o 6.1 Antiinflamatórios hormonais
o 6.2 Antiinflamatórios não-hormonais
* 7 Referências
* 8 Ligações externas
Aspectos históricos
A inflamação é conhecida desde a antiguidade. O primeiro a descrevê-la em seus constituintes fundamentais foi Aurélio Cornélio Celso, na Roma antiga, cerca de 50 a.C.. Já no século XIX, o patologista alemão Rudolf Virchow introduziu o conceito de perda funcional e estabeleceu as bases fisiopatológicas do processo inflamatório.
Fisiopatologia (mecanismos de instalação)
Os neutrófilos migram dos vasos sangüíneos para o tecido inflamado via quimiotaxia, e então removem os agentes patológicos através da fagocitose e da degranulação.
À agressão tecidual se seguem imediatamente fenômenos vasculares mediados principalmente pelahistamina. O resultado é um aumento localizado e imediato da irrigação sangüínea, que se traduz em um halo avermelhado em torno da lesão (hiperemia ou rubor). Em seguida tem início a produção local de mediadores inflamatórios que promovem um aumento da permeabilidade capilar e também quimiotaxia, processo químico pelo qual células polimorfonucleares, neutrófilos e macrófagos são atraídos para o foco da lesão. Estas células, por sua vez, realizam a fagocitose dos elementos que estão na origem da inflamação e produzem mais mediadores químicos, dentre os quais estão as citocinas (como, por exemplo, o fator de necrose tumoral e as interleucinas), quimiocinas, bradicinina, prostaglandinas e leucotrienos. Também as plaquetas e o sistema de coagulação do sangue são ativados visando conter possíveis sangramentos. Fatores de adesão são expressos na superfície das células endoteliais que revestem os vasos sanguíneos internamente. Estes fatores irão mediar a adesão e a diapedese de monócitos circulantes e outras células inflamatórias para o local da lesão.
Em resumo, todos estes fatores atuam em conjunto, levando aos eventos celulares e vasculares da inflamação. Resulta em um aumento do calibre de capilares responsáveis pela irrigação sanguínea local, produzindo mais hiperemia e aumento da temperatura local (calor). O edema ou inchaço ocorre a partir do aumento da permeabilidade vascular aos componentes do sangue, o que leva ao extravassamento do líquido intravascular para o espaçointersticial extra-celular. A dor, outro sintoma característico da inflamação, é causada primariamente pela estimulação das terminações nervosas por algumas destas substâncias liberadas durante o processo inflamatório, por hiperalgesia (aumento da sensibilidade dolorosa) promovida pelas prostaglandinas e pela bradicinina, mas também em parte por compressão relacionada ao edema.
Manifestações clínicas
Classicamente, a inflamação é constituída pelos seguintes sinais e sintomas:
1. Calor; aumento da temperatura corporal no local
2. Rubor; hiperemia
3. Edema; inchaço
4. Dor;
5. Perda da função.
Tipos
Pode-se classificar a inflamação em dois tipos principais, conforme sua velocidade de instalação: a aguda e a crônica. Inflamação aguda é aquela que se instala rapidamente, como por exemplo após um acidente onde ocorre lesão tecidual de forma súbita. A inflamação crônica se instala de forma lenta e insidiosa, como por exemplo nas doenças reumatológicas tais como a artrite reumatóide e o lupus eritematoso sistêmico. Esta classificação não diz respeito à gravidade do processo, mas apenas, como já dito acima, à velocidade de instalação. Assim, podem existir processos inflamatórios agudos de baixo grau ou alto grau de gravidade, o mesmo ocorrendo com a inflamação crônica.
Afora isto, é possível ainda classificar a inflamação segundo algumas de suas características peculiares, tal como abaixo descrito:
Adesiva – inflamação na qual existe uma quantidade de fibrina que provoca a aderência entre tecidos adjacentes.
Alérgica – desencadeada por mecanismos alérgicos, como sucede, por exemplo, na asma e na urticária.
Atrófica ou Esclerosante – aquela que evolui para a organização do exsudato inflamatório de que resulta cicatrização e atrofia da região afectada.
Catarral – processo que é mais frequente na mucosa do aparelho respiratório mas que pode atingir outras mucosas. É caracterizada, fundamentalmente, por hiperemia dos vasos, edema tissular e secreção de muco de consistência viscosa.
Crupal – inflamação fibrinosa com produção de falsas membranas não diftéricas.
Eritematosa – inflamação congestiva da pele.
Estênica – forma aguda com fenômenos circulatórios e calor intensos.
Fibrinosa – forma exsudativa em que existe uma grande quantidade de fibrina coagulável.
Granulomatosa – processo crônico proliferativo com formação de tecido granuloso ou granulomas.
Hiperplásica ou Hipertrófica – cursa com neoformação de fibras de tecido conjuntivo.
Intersticial – variedade na qual a reacção inflamatória se localiza preferencialmente no estroma e no tecido conjuntivo de suporte de um órgão.
Necrótica – processo intenso com produção de um foco de necrose.
Inflamação parenquimatosa – aquela que atinge primordialmente a estrutura nobre e funcional de um tecido ou seu parênquima.
Proliferativa – aquela em que o aspecto mais característico é o grande número de macrófagos com neo-formação tecidual.
Purulenta ou Supurativa – inflamação em que se forma pús.
Reactiva – a forma que surge à volta de um corpo estranho.
Reumática – surge como resposta à existência de doenças reumatológicas, ou seja, acometendo primordialmente as articulações.
Serosa – aquela em que a exsudação é essencialmente serosa ou de aspecto semelhante ao soro.
Térmica – provocada pelo calor.
Tóxica – devida a uma substância tóxica ou veneno.
Traumática – surge como consequência de um traumatismo.
Doenças inflamatórias
É sabido, atualmente, que processos inflamatórios tomam parte de um enorme número de doenças, muitas das quais se desconheciam até recentemente quais os mecanismos causadores. Em outras, consideradas antes como degenerativas ou próprias do envelhecimento, a inflamação veio a se tornar a mais importante explicação.
Doenças auto-imunes
A inflamação é um dos principais componentes das doenças auto-imunes. Este grupo de doenças se caracteriza por uma resposta imunológica do organismo contra componentes próprios identificados como estranhos pelo sistema imune. Disto resulta uma agressão inflamatória que assume características clínicas diversas, de acordo com o tecido ou sistema afetado.
Dentre as mais conhecidas doenças deste grupo estão o lupus eritematoso sistêmico e a artrite reumatóide em adultos. Em crianças podem ser citadas a artrite reumatóide juvenil e a febre reumática entre as mais importantes e prevalentes.
Síndrome da Resposta Inflamatória Sistêmica
O termo Síndrome da Resposta Inflamatória Sistêmica (SRIS ou SIRS em língua inglesa) foi proposto para descrever a reação inflamatória desencadeada pelo organismo frente a qualquer agressão seja ela de natureza infecciosa ou não-infecciosa. Caracteriza-se pela presença de ao menos dois dos seguintes critérios clínicos:
1. Temperatura corporal > 38 °C (febre) ou <36> 20 incursões respiratórias/minuto (hiperpnéia ou taquipnéia) ou uma pressão parcial de CO2 no sangue arterial <> 90 batimentos cardíacos/minuto.
4. Aumento ou redução significativos do número de células brancas (leucócitos) no sangue periférico (>12.000 ou <4.000>
É fácil concluir que a ocorrência de SIRS isoladamente não é em si mesma de extrema gravidade, pois surge eventualmente em condições clínicas benignas, como por exemplo em infecções localizadas ou após cirurgias. Entretanto, em unidades de terapia intensiva e entre pacientes cujos sistemas de defesa do organismo encontram-se comprometidos, a SIRS pode tornar-se de fato ameaçadora à vida especialmente quando vem associada a outros fatores de gravidade.
Quando associada a comprovação clínica ou laboratorial de infecção, tem-se a definição de sepse ou sepsis. Sepse associada a hipotensão arterial refratária é definida como choque séptico. Quando se verificam sinais de ao menos uma insuficiência orgânica concomitante, tem-se então a sepse severa.
Asma
A asma é hoje considerada uma doença inflamatória das vias aéreas. Geralmente relacionada a estados de hipersensibilidade, a asma leva a obstrução das vias aéreas ou brônquios por meio da produção de secreção excessiva, edema da parede brônquica e broncoconstricção.
Aterosclerose
Anteriormente considerada como doença degenerativa ou relacionada ao envelhecimento, a aterosclerose veio a se caracterizar nas últimas duas décadas, e a partir de pesquisas realizadas nos mais diversos campos da medicina básica e clínica, como sendo causada por um processo inflamatório das artérias (aterosclerose coronariana). Diversos fatores contribuem para sua gênese. Dentre eles estão o estresse mecânico ao endotélio vascular causado pela hipertensão arterial, o estresse oxidativo levando a geração de lipoproteínas oxidadas com elevado potencial aterogênico, um possível e ainda inexplicado estado inflamatório crônico e a participação de microorganismos como a Chlamydophila pneumoniae, bactéria encontrada diversas vezes no interior de placas de ateroma das artérias.
Tratamento
Existem drogas ou medicamentos capazes de interferir no processo reacional de defesa do organismo de modo a minimizar o dano (agressão por parte dos próprios tecidos frente ao agente agressor) e dar maior conforto ao paciente. Estes medicamentos são denominados antiinflamatórios, podendo estes ser de natureza hormonal ou não hormonal
Antiinflamatórios hormonais
Antiinflamatórios ditos hormonais (esteróides), também conhecidos como glicocorticoides, corticóides ou corticosteróides, são agentes inibidores da produção de prostaglandinas e leucotrienos pela ação inibitória sobre a enzima fosfolipase A2, por meio da liberação de lipocortina-1 (mediador protéico antiinflamatório). O resultado final da ação destes antiinflamatórios é a parcial ou total redução da liberação dos prostaglandinas e também dos leucotrienos. A lipocortina-1 atua por seqüestrar o substrato fosfolipídico e/ou inibir diretamente a enzima. Qualquer um desses mecanismos poderia contribuir para a redução na produção tanto do fator ativador de plaquetas quanto dos eicosanóides, observada na presença de corticóides. Os glicocortocóides reduzem a transcrição de várias proteínas inflamatórias, como algumas citocinas, óxido-nítrico sintetase induzida e ciclooxigenase 2. Tal efeito explica grande parte de suas ações farmacológicas.
Antiinflamatórios não-hormonais
Antiinflamatórios não-hormonais promovem inibição da ciclooxigenase, outra enzima envolvida na produção de prostaglandinas. Não interferem com a geração de leucotrienos, mantendo parte do processo inflamatório inalterado e ativo. Seu principal uso é na redução dos sintomas da inflamação como a dor e o edema.
Campeão em automedicação, o medicamento é vendido sem prescrição ou qualquer controle.
Os antiinflamatórios estão presentes no dia-a-dia de todos nós, talvez pela sua eficácia em combater dores, inflamações lombares, trazendo alívio imediato. Segundo pesquisa, os antiinflamatórios são os campeões de venda no quesito automedicação.
Aquela dorzinha incômoda, tensões musculares pelas sessões na academia, um simples tombo, são fatores que nos levam a correr voraz à farmácia a caça de um antiinflamatório. O medicamento é vendido sem prescrição médica ou qualquer tipo de controle. Existe uma grande variedade disponível no mercado, em forma de comprimidos, cremes, pomadas, gotas, injetáveis - seu uso na maioria das vezes é oral.
Morton Sheinberg, clínico reumatologista e pesquisador imunologista do Hospital Albert Einstein, acrescenta que "os novos antiinflamatórios conhecidos como inibidores da ciclooxigenase 2 possuem comprovada eficácia na redução de úlceras gástricas. Já usar aspirina ao mesmo tempo neutraliza o efeito benéfico dos novos antinflamatórios no sistema digestivo."
Segundo o especialista "temos três produtos por via oral e um por via parenteral: etoricoxib, lumiracoxib e celecoxib por via oral e parecoxib por via parenteral com os nomes comerciais de arcoxia, prexige, celebra e bextra. Os problemas cardiovasculares dos novos antiinflamatórios são discretamente maiores dos que os convencionais tipo Voltaren, Cataflan, etc.
Efeitos colaterais, que requerem hospitalização, por sua vez, estão cada vez menos freqüentes." Sheinberg diz ainda que a obtenção desses medicamentos no Brasil sem receita é um problema grave. "Nas farmácias, o balconista desconhece o uso do medicamento que, em idosos, representa um risco de interações e efeitos adversos. Os cuidados com os antiinflamatórios são maiores quando se faz uso dos mesmos por tempo prolongado em enfermidades crônicas como é o caso das artrites inflamatórias."
Já o clínico geral do Hospital Sírio Libanês, Alfredo Salim Helito, declara que "o medicamento é eficaz se bem ministrado com acompanhamento médico". O médico alerta: "Não confundir inflamação com infecção. Quando o processo inflamatório tem como origem um verme (bactéria, fungo, vírus ou parasitas) em geral isso passa a ser infecção. Inflamação é o processo de reação do organismo a uma agressão que pode ter várias causas como traumas, doenças reumatológicas, que causam dor, vermelhidão, inchaço e aumento da temperatura na região."
"A descoberta da substância revolucionou a medicina no tratamento da dor no pós-operatório. O efeito é mágico como analgésico", diz Helito, ressaltando que, "infelizmente em grande parte dos casos existe a automedicação, e o uso diário sem orientação médica pode causar danos a saúde". As causas para o uso desordenado do medicamento são alarmantes e pode provocar riscos a saúde do paciente.
Estudos comprovam casos de insuficiência renal, problemas hepáticos (hepatite),cardiológicos, alteração da mucosa gástrica, úlcera e hemorragias pulmonares. "Usado sem orientação médica ou fiscalização pode ser fatal", alerta Helito. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), vem fiscalizando com maior atenção a comercialização do COX-2, novo antiinflamatório mais conhecido como coxibe ou ainda inibidor seletivo.
Alguns medicamentos foram retirados do mercado sob suspeita de causarem efeitos no sistema cardiovascular. Em função desses alertas, a Anvisa, juntamente com a Cateme (Câmara Técnica de Medicamento), organiza debates, discussões sobre os efeitos colaterais desses antiinflamatórios. As informações quanto a problemas cardíacos não foram comprovados, existe somente uma suspeita. No entanto, a Cateme recomendou às empresas que fosse indicado na bula dos coxibes advertências e restrições quanto ao uso do medicamento.
O médico e professor da Unicamp Gilberto Nucci, especialista em farmacologia, explica que o medicamento, "promove alívio das dores e redução do quadro de inflamação. Entretanto, no tratamento de patologias inflamatórias crônicas, seu benefício é discreto, visto não influenciar a progressão da doença." Nucci também alerta quanto a automedicação.
Moisés Cohen, professor do departamento de Ortopedia e traumatologia da Universidade Federal de São Paulo, diretor do Instituto Cohen, clínica médica especializada na reabilitação do corpo em esforço físicos em esportistas e tratamentos de ortopedia, se utiliza antiinflamatórios na recuperação dos seus pacientes. "É preciso utilizar o medicamento com precaução. O tratamento varia para cada paciente", diz. Cohen evita prescrever antiinflamatórios para pacientes idosos ou que apresentem um quadro clínico com problemas gástricos, ou renais.
A discussão sobre os possíveis riscos que os antiinflamatórios causam a saúde do paciente está em pauta desde a sua descoberta. A maioria dos especialistas concorda com a gravidade da automedicação e o uso contínuo do medicamento sem orientação de um profissional especializado. Por isso, lembre-se de que os antiinflamatórios devem ser usados com cautela, com prescrição e acompanhamento médico.
Leia atentamente a bula do medicamento e siga corretamente as orientações médicas. Observe os efeitos colaterais durante o tratamento e informe imediatamente seu médico. Dietas funcionais melhor com aconselhamento Os programas criados para ajudar as pessoas que fazem dieta a manter sua perda de peso são mais eficientes caso os participantes se relacionem pelo menos uma vez por mês com um consultor.
Aqueles que participaram de sessões de aconselhamento pessoal todos os meses conseguiram manter a maior parte dos quilos perdidos e foram seguidos por aqueles que participavam de programas monitorados pela internet, segundo um estudo que foi publicado este mês pelo periódico Journal of the American Medical Association. As pessoas que lutaram sozinhas contra seu peso conseguiram manter o menor número de quilos perdidos, disseram os pesquisadores. Quase dois terços dos norte-americanos estão com sobrepeso ou são obesos.
O excesso de peso é a segunda principal causa de mortes passíveis de prevenção dos Estados Unidos, segundo o estudo. Os pesquisadores pretendem usar os resultados desse experimento para criar formas melhores de ajudar as pessoas a manterem a perda de peso, disse a coordenadora do estudo, Laura Svetkey.
"Nós sabemos bastante sobre como ajudar as pessoas a perderem peso de forma saudável. Mas sabemos muito pouco sobre como ajudar as pessoas a manterem a perda de peso", disse Svetkey, professora da medicina da Universidade Duke em Durham, Carolina do Norte. "Se nós quisermos obter benefícios sustentáveis para a saúde, precisamos descobrir uma forma de alcançar uma perda de peso sustentável."
No início do estudo, 1.685 adultos com sobrepeso ou obesos com hipertensão, altas taxas de colesterol ou ambas as condições foram solicitados a aumentar o tempo de seus exercícios físicos, a ingerir menos calorias, a seguir uma dieta especial e a participar de 20 reuniões de grupo semanais no período de seis meses. Apenas aqueles que perderam pelo menos quatro quilos tiveram permissão para continuar participando do estudo.
Na segunda fase do experimento, 1.032 pessoas que perderam peso suficiente foram indicadas para receber acompanhamento mensal de um consultor ou pela internet ou foram deixadas sozinhas para administrar sua própria perda de peso. O estudo foi patrocinado pelos Institutos Nacionais de Saúde dos EUA. Setenta e sete por cento dos que receberam acompanhamento pessoal mantiveram parte do peso perdido, comparativamente a 69% daqueles do grupo da internet e 67% dos que foram deixados à própria sorte.
Após dois anos e meio, o grupo do acompanhamento pessoal havia recuperado 1,4 quilo menos do que os que foram deixados para controlar seus pesos sozinhos. Os participantes do grupo da internet se saíram igualmente bem durante os dois primeiros anos, mas, ao final do estudo, sua capacidade para manter o peso era semelhante à daqueles que foram deixados sozinhos.
SANGUE NAS FESES - fisiopatologia (texto explicativo) (partes editadas por Alexandre Firme)
A presença de sangue nas fezes, seja vivo ou digerido, sempre causa grande apreensão ao paciente e seus familiares.
Existem várias causas para hemorragia digestiva e vários tipos de apresentação para fezes com sangue.
Vamos primeiro às definições:
- Hemorragia digestiva alta: Todo sangramento que ocorre no trato gastrointestinal acima do duodeno, ou seja, esôfago, estômago e o próprio duodeno.
- Hemorragia digestiva baixa: Todo sangramento que ocorre no trato gastrointestinal após o duodeno, ou seja, intestino delgado, grosso, reto e ânus.
A presença de sangue nas fezes pode se apresentar de várias maneiras. Fezes com sangue vivo normalmente indicam hemorragia digestiva baixa, enquanto que fezes escuras, com sangue digerido, são em geral, devido a hemorragia digestiva alta.
Fezes com sangue digerido recebem o nome de melena. São negras, pastosas, semelhante a piche (Brasil) ou alcatrão (Portugal) e com odor muito forte. Às vezes apresentam raias de sangue não digerido ao redor.
A hemorragia digestiva pode ser óbvia ou oculta. Muitas vezes a quantidade de sangue perdido é pequena e se mistura com as fezes, passando despercebida pelo paciente. Apesar do volume ser pequeno, o fato de ser constante leva à anemia, que muitas vezes é a única pista de um sangramento digestivo.
A presença de sangue nas fezes, perceptível ou não, pode significar uma gama de patologias, das mais simples como hemorróidas, até as mais graves como câncer de intestino. Vamos falar das mais comuns:
1.)Úlcera gástrica ou duodenal
As úlceras gástricas ou duodenais são causadas principalmente pelo uso crônico de anti-inflamatórios e/ou infecções pelo H. pylori.
Como ocorrem na parte alta do trato digestivo, costumam se apresentar como melena. Porém, a quantidade de sangue perdido pode ser tão grande que não há tempo para digeri-lo, levando a evacuação de sangue vivo.
O sangramento por uma úlcera pode ser pequeno o suficiente para o doente não reparar alterações nas fezes, caindo naquele grupo que apresenta anemia sem sangramento evidente. Pode também se apresentar com sangramento vultuoso, inclusive com vômitos sanguinolentos.
2.) Diverticulose -> clique na imagem abaixo para ampliar.
Divertículo é uma protusão da parede do intestino. São pequenos sacos, semelhantes a dedos de luvas, que ocorrem principalmente na parede do cólon por enfraquecimento da musculatura do mesmo. É muito comum após os 60 anos e normalmente são múltiplos ao longo do intestino grosso.
São lesões benignas mas que podem sangrar ou inflamar se ficarem obstruídos por fezes.
Reparem na foto de um divertículo em uma colonoscopia. A foto da direita é a imagem ampliada. Reparem como os vasos sanguíneos ficam expostos quando ocorre essa protusão da parede.
Os divertículos costumam causar sangramentos indolores, vivos e volumosos. É das principais causas de sangramento vultuoso em idosos.
Aproximadamente 10% das hemorragias digestivas em pessoas acima dos 50 anos são secundárias a tumores do intestino. Os sangramentos tumorais costumam ser de pequena quantidade e também podem passar despercebidos.
Alguns sinais podem indicar um maior risco de sangramento neoplásico: fezes em fita, ou seja, com diâmetro pequeno, alterações dos hábitos intestinais como constipação intestinal de início recente, emagrecimento associado a anemia em doentes idosos, etc...
4.) Inflamação intestinal
Qualquer doença que cause inflamação nos intestinos pode levar a sangramento nas fezes. Isto vale desde intoxicações alimentares com diarréia sanguinolenta até as chamadas doenças inflamatórias intestinais que compreendem a Doença de Crohn e a Retocolite Ulcerativa.
Nestes casos o sangramento normalmente vem acompanhado de diarréia de grande intensidade e febre.
São dilatações e enfraquecimento da parede dos vasos da mucosa do intestino, que por ficarem mais expostos e mais frágeis, rompem-se com mais facilidade.
A angiodisplasia é mais comum após os 60 anos e pode causar desde sangramentos volumosos até um quadro assintomático, onde o paciente não apresenta nenhuma perda sanguínea e sequer suspeita que possua alguma alteração.
6.) Sangramentos retais de pequena quantidade
Pequenas quantidades de sangue nas fezes ou mesmo sangramentos detectáveis somente a passagem do papel higiênico são muito comuns. Em 90% dos casos, a etiologia é benigna.
As 2 mais comuns são Hemorróidas e fissuras anais. A primeira se manifesta como sangramentos de pequena quantidade que envolvem o final das fezes, através de pingos de sangue que ocorrem após a evacuação ou manchas de sangue no papel higiênico após a limpeza do ânus. A hemorróida quando grande pode ser facilmente vista pelo próprio paciente.
A fissura anal normalmente causa sangramentos associado a evacuação, que costuma ser bastante dolorosa. A distinção entre hemorróidas e fissura é facilmente feita pelo exame físico.
Apesar do pequeno volume, esses pequenos sangramentos retais quando ocorrem de forma crônica podem levar a anemia.
A investigação das hemorragias digestivas é normalmente feita com um método endoscópico. A colonoscopia para sangramentos no cólon e a endoscopia digestiva alta para sangramentos no esôfago, estômago e duodeno.
Infecções intestinais também são causas de sangue nas fezes, porém não costumam cursar com sangramento abundante. São comuns outros sinais e sintomas associados, principalmente febre, diarréia e vômitos. As parasitoses intestinais podem ocasionalmente se apresentar com sangue misturado às fazes
Estimular nossa memória - uma ferramenta ESSENCIAL para nossa vida toda!
Acreditem! A memória em dia, favorece a longevidade!!!
A fisetina é uma substância que se encontra no morango, pêssego, uva, kiwi, tomate, maçã e também na cebola e espinafre. Segundo o Instituto Salk, na Califórnia (EUA), essa substância vem sendo considerada fundamental para manter a memória jovem, porque sua função é estimular a formação de novas conexões entre os neurônios (ramificações) e fortalecê-las. Os alimentos deste grupo contêm substâncias que facilitam a comunicação entre os neurônios, aumentando também a capacidade de pensar, se concentrar, aprender e memorizar. Confira abaixo alguns nutrientes e minerais amigos do cérebro:
- Zinco, Selênio, Ferro e Fósforo: Sais minerais que participam de inúmeras trocas elétricas e mantêm o cérebro acordado e ativo (elétrico). Presente em todas as sementes e grãos, em raízes e nas folhas verde escuro, iogurtes.
- Vitamina E: Poderosa ação antioxidante. Presente em todas as sementes e grãos, como também em óleos vegetais prensados a frio.
- Vitamina C: Famosa ação antioxidante. Presente nas sementes frescas e cruas que foram pré-geminadas, assim como na maioria das frutas.
- Vitaminas do complexo B: Regulam a transmissão de informações (as sinapses) entre os neurônios, presente nas sementes e nas fibras dos alimentos integrais e proteínas.
- Bioflavonoides: São polifenois com forte ação antioxidante. Além das sementes, são encontrados também no limão, frutas cítricas, uva e nas folhas verde escuro.
- Colina: Participa da construção da membrana de novas células cerebrais e na reparação daquelas já lesadas. Presente na gema do ovo e em todas as sementes e grãos (predominância na soja), como também em óleos vegetais prensados a frio.
- Acetil-colina: Um neurotransmissor, fundamental para as funções de memorização no hipocampo. Presente na gema do ovo e em todas as sementes e grãos (predominância na soja), como também em óleos vegetais prensados a frio.
- Fitosterois: Estimulante poderoso do sistema de defesa do organismo, reduzindo proliferação de células tumorais, infecções e inflamações. Presente em todas as sementes e grãos, como também em óleos vegetais prensados a frio.
- Fosfolipídeos (entre eles a Lecitina): Funcionam como um detergente, desengordurando todos os sites por onde passa. Além disso, participam na recuperação das estruturas do sistema nervoso e da memória. Presente em todas as sementes e grãos (predominância na soja), como também em óleos vegetais prensados a frio.
- Ômega-3: Funciona como um antiinflamatório poderoso, evitando a morte dos neurônios. Existem somente três fontes: os peixes de águas frias e profundas e as sementes de linhaça e prímula.
- Carboidratos: A glicose é a energia exclusiva do cérebro. Por isso, ficar muito tempo sem comer carboidratos diminui a atividade mental. Carboidratos complexos (pão, batata, grãos) são absorvidos mais lentamente, fornecendo energia de forma regular. Já o açúcar dos doces é absorvido tão rapidamente que é armazenado como gordura, sem fornecer energia de modo constante.
- Cafeína: É um potente estimulante do sistema nervoso central. Tem efeitos positivos, como aumento da disposição física e diminuição do sono. Em excesso, causa danos à memória. Café e chá verde.
- Triptofano: Aminoácido que atua no sono e na performance cerebral. Pode ser encontrado no leite, queijo branco, nas carnes magras e nozes.
Não vamos nos "esquecer" destas dicas, hein?! - Boa leitura sempre!
Recebe o nome de hematose pulmonar a troca gasosa que ocorre entre o sangue e o ar existente nos pulmões. Este processo tem por finalidade a manutenção do equilíbrio ácido básico no organismo e é realizado por todos os vertebrados terrestres.
O oxigênio que é inspirado chega até os alvéolos pulmonares, onde ocorre a troca gasosa (através de suas finas paredes), com o sangue dos capilares, sendo que o oxigênio presente nestas estruturas passa para a corrente sanguínea (antes o sangue era venoso, passa a ser arterial) e o gás carbônico presente nos capilares passa para o interior dos alvéolos por difusão. Este gás, por sua vez, será eliminado para o ambiente durante o movimento de expiração, passando por todo o trato respiratório (bronquílos, brônquios, traquéia, laringe, faringe, fossas nasais ou pela cavidade oral).
ASSIM SÃO POPULARMENTE CHAMADOS OS TRATAMENTOS POR VIA INALATÓRIA, PORÉM O NOME CORRETO PARA ESSE TIPO DE MEDICAÇÃO É O AEROSSOL.
MITOS: 1)OS AEROSSÓIS VICIAM?
Não, os aerossóis e spray são maneiras seguras de administrar as medicações aos pacientes com doenças respiratórias, principalmente asma ( a popular bronquite ) e doença obstrutiva crônica, a doença causada principalmente pelo cigarro. Esse tipo de medicação apresenta rápido efeito de ação com menos efeitos colaterais que xaropes e comprimidos, pois agem diretamente no local onde está doente , não passando por todas as transformações no organismo até chegar aos pulmões.
2)O USO EXCESSIVO DOS AEROSSÓIS PODE CAUSAR ARRITMIAS CARDÍACAS, PODENDO LEVAR A MORTE ?
Não, trata-se de um mito sem nenhum respaldo científico, criado em função de que algumas medicações, principalmente aquelas que devem ser usadas para tirar os pacientes das crises de falta de ar, podem acelerar um pouco os batimentos do coração, mas isso é um efeito transitório, que não acarreta nenhum dano ou seqüela ao coração. Nessas horas há que concentrar-se em diminuir a falta de ar, essa sim pode ser levar a falência do coração, o que pode se fatal ao paciente.
3) O USO DE ESPAÇADORES ATRAPALHA A CHEGADA DA MEDICAÇÃO AOS PULMÕES?
Não , bem pelo contrário. Se o spray for feito diretamente na boca, o jato sai com muita força e as partículas da medicação ficam todas grudadas no fundo da garganta , não sendo inaladas para dentro do pulmão, local onde se espera a ação da medicação. O espaçador serve para deixar as partículas da medicação mais lentas e com isso há maior facilidade de inalação.
VERDADES: 1) A DOSE DA MEDICAÇÃO INALATÓRIA É MENOR SE COMPARADO XAROPES?
Sim, pois as medicações via aerossol vão diretamente ao pulmão, o que permite não só menor dose, como também mais rápido início de ação.
2) É NECESSARIO LAVAR A BOCA APÓS APLICAÇÃO DA MEDICAÇÃO INALATÓRIA?
Sim, pois os corticóide inalatórios, que são as medicações de uso contínuo para prevenção de muitas doenças respiratórias, podem ficar depositadas na cavidade oral causando o “sapinho”, que são manchinhas esbranquiçadas. Para evitar esse incômodo, basta enxaguar a boca após sua utilização. Os broncodilatadores não causam esses mesmos efeitos.
3) O AEROSSOL É MAIS PRODUTIVO?
Sim, em serviços de emergências ou pronto atendimento é preferível administrar o aerossol ao invés de nebulização convencional, pois seu uso é mais simples, prático e rápido. Além disso, há muitos trabalhos científicos que evidenciam um melhor aproveitamento da medicação dessa maneira, podendo até administrar doses maiores para tirar os pacientes da crise de falta de ar.
4) ALGUMAS INFORMAÇÕES SOBRE A IMUNIDADE DAS CRIANÇAS:
O sistema imunológico de uma criança é constituído por invasores, causadores de doença ( antígenos) e soldados (anticorpo). Quando há um primeiro encontro precocemente com um invasor, pode haver a expressão clínica de uma infecção, o que pode não ocorrer num segundo ou terceiro encontro, pois o organismo já terá formado seu exercito de soldados contra esses invasores. O sistema imune das crianças só é bem desenvolvido após os 3 anos de idade, antes disso ele é considerado imaturo e o contato com muitos antígenos pode fazê-lo desenvolver-se de maneira condensada, num prazo curto, ao invés de fazê-lo no decorrer de alguns anos. Por isso crianças saudáveis que ingressam na creche muito cedo podem ter uma freqüência aumentada de infecções.
A criança saudável apresenta crescimento e desenvolvimento normais, geralmente encontra-se bem entre os episódios infecciosos e as infecções , na maioria das vezes, não tem curso prolongado ou complicado e frequentemente ocorrem após exposição ambiental nova, como frequência à creche , ao berçário ou à escolas.
É cientificamente comprovado que crianças podem ter de 6-8 infecções respiratórias em 1 ano. Principais fatores de risco para adquirir infecções de repetição: freqüência à creche exposição à fumaça do cigarro aglomerações.
É imprescindível lembrar que o leite materno é uma rica fonte de anticorpos às crianças, por isso a importância de mantê-lo pelo menos no primeiro ano e vida.
Os pulmões do ser humano são órgãos do sistema respiratório, responsáveis pelas trocas gasosas entre o ambiente e o sangue. São dois órgãos de forma piramidal, de consistência esponjosa medindo mais ou menos 25 cm de comprimento. Os pulmões são compostos de brônquios que se dividem em bronquíolos e alvéolos pulmonares. Os alvéolos totalizam-se em um total de 350 milhões e são estruturas saculares (semelhantes a sacos) que se formam no final de cada bronquíoloe têm em sua volta os chamados capilares pulmonares. Nos alvéolos se dão as trocas gasosas ou hematose pulmonar entre o meio ambiente e o corpo, com a entrada de oxigênio na hemoglobina do sangue (formando a oxiemoglobina) e saída do gás carbônico ou dióxido de carbono (que vem da célula como carboemoglobina) com dos capilares para o alvéolo.
Os pulmões humanos são divididos em segmentos denominados lobos (pronuncia-se "lobos", com a primeira vogal aberta). O pulmão esquerdo possui dois lobos e o direito possui três. Os pulmões são revestidos externamente por uma membrana chamada pleura. Nos pulmões os brônquios ramificam-se profusamente, dando origem a tubos cada vez mais finos, os bronquíolos. O conjunto altamente ramificado de bronquíolos é a árvore brônquica ou árvore respiratória.
Cada bronquíolo termina em pequenas bolsas formadas por células epiteliais achatadas (tecido epitelial pavimentoso) recobertas por capilares sangüíneos, denominadas alvéolos pulmonares.
Diafragma: A base de cada pulmão apóia-se no diafragma, órgão músculo-membranoso que separa o tórax do abdômen, presente apenas em mamíferos, promovendo, juntamente com os músculos intercostais, os movimentos respiratórios. Localizado logo acima do estômago, o nervo frênico controla os movimentos do diafragma.
Na respiração pulmonar o ar entra e sai dos pulmões devido à contração e ao relaxamento do diafragma. Quando o diafragma se contrai, ele diminui a pressão nos pulmões e o ar que está fora do corpo entra rico em oxigênio O2; processo chamado de inspiração. Quando o diafragma relaxa, a pressão dentro dos pulmões aumenta e o ar que estava dentro agora sai com o dióxido de carbono; processo denominado de expiração.
As pessoas podem parar de respirar mas ninguém consegue ficar sem respirar por mais de alguns segundos, porque a concentração de dióxido de carbono no sangue fica tão alta que o corpo não consegue mais fornecer energia para as células e o bulbo (parte do sistema nervoso que forma o encéfalo) manda impulsos nervosos para o diafragma e os músculos intercostais, para que se contraiam e a respiração volte a ser executada normalmente.
Os vasos sanguíneos são responsáveis pelo transporte do sangue, o qual contém gases, nutrientes e resíduos. Na circulação sanguínea, o coração lança o sangue a pressões elevadas através das artérias e este é transportado até chegar ao nível de capilares, onde ocorrem as trocas de substâncias. O leito capilar vai ser drenado por elementos venosos que fazem com que o sangue retorne ao coração. Os vasos sanguíneos são constituídos por três camadas de tecidos: túnica íntima, túnica média e túnica adventícia. Estas camadas são mais definidas nas artérias e são ausentes nos capilares, onde distingüe-se apenas um endotélio.
* Túnica íntima: é constituída de células endoteliais pavimentosas simples que revestem a luz do vaso e um tecido conjuntivo subendotelial.
* Túnica média: é composta por células musculares lisas de disposição circular e de tecido conjuntivo fibroelastico. A túnica média é mais proeminente nas artérias e pouco distinta nas veias.
* Túnica adventícia: é a mais externa, sendo constituída de tecido conjuntivo e pode conter músculo liso. É a camada mais desenvolvida nas veias.
ARTÉRIA E VEIA DE GRANDE CALIBRE
A artéria possui luz arredondada e ampla, e parede espessa. A veia possui luz irregular com uma parede mais delgada. Geralmente são observadas dispostas lado a lado.
ARTÉRIAS DE GRANDE CALIBRE (ARTÉRIA ELÁSTICA)
Na parede de uma artéria de grande calibre observa-se a túnica íntima, a túnica média bem desenvolvida e com várias camadas de músculo liso e também a túnica adventícia, constituída de tecido conjuntivo frouxo contendo pequenos vasos sanguíneos, responsáveis pela nutrição das células das paredes da artéria, chamados de vasa vasorum.
Uma artéria de grande calibre é mostrada em maior aumento, onde se observa a túnica íntima, constituída de endotelio e tecido conjuntivo subendotelial. A túnica média apresenta várias camadas de células musculares lisas, com o núcleos alongados. Na túnica adventícia é mostrado o vasa vasorum entre as fibras do tecido conjuntivo.
VEIA DE GRANDE CALIBRE
Na veia de grande calibre, a túnica íntima é constituída por endotelio e tecido conjuntivo subendotelial. A túnica média é pouco desenvolvida, apresentando poucas camadas de fibras musculares lisas. A túnica adventícia é muito espessa e contém vasa vasorum.
ARTÉRIA E VEIA DE MÉDIO CALIBRE
As artérias de médio calibre (musculares) possuem uma túnica íntima constituída endotélio, tecido conjuntivo subendotelial e lâmina elástica interna. A túnica média é espessa, com várias camadas de fibras musculares lisas. A túnica adventícia tem a mesma espessura da túnica média e consiste em tecido conjuntivo frouxo com vasa vasorum, fibras elásticas e fibras colágenas.
Na veia de médio calibre, a túnica íntima é formada por um endotélio achatado e uma fina camada de tecido conjuntivo subendotelial contendo fibras musculares lisas. A túnica média contém várias camadas de músculo liso e a adventícia é a camada mais desenvolvida, apresentando tecido conjuntivo frouxo, fibras colágenas, vasa vasorum e fibras musculares lisas.
ARTÉRIA E VEIA DE PEQUENO CALIBRE
A artéria de pequeno calibre possui a túnica íntima constituída por um endotélio que repousa sobre uma lâmina elástica interna. A túnica média é constituída por fibras musculares lisas dispostas circularmente e a túnica adventícia é composta por uma delgada camada de tecido conjuntivo. A veia de pequeno calibre possui uma túnica intíma constituída por um endotélio e uma membrana basal muito delgada. Na veia pequena a túnica média é mais delgada que na artéria de pequeno calibre, possuindo menor número de camadas de músculo liso e a adventícia é mais espessa do que a média.
ARTERÍOLA E VÊNULA
As arteríolas regulam o fluxo sanguíneo para os leitos capilares. Na túnica íntima os núcleos das células endoteliais projetam-se para a luz. A túnica média é formada por uma ou duas camadas de músculo liso. Sua parede é mais espessa e sua luz é menor do que a da vênula. Os capilares drenam para as vênulas, as quais possuem uma ou duas camadas de células musculares lisas. Nas vênulas menores, a parede é formada por uma camada contínua de pericitos, circundada por fibras colágenas.
CAPILARES
Os capilares são os vasos sanguíneos do sistema cardiovascular que apresentam o menor calibre e neles ocorrem as trocas de gases e metabólitos entre as células dos tecidos e o sangue. O principal componente da parede do capilar é a célula endotelial pavimentosa, que repousa sobre uma lâmina basal. Uma célula endotelial pavimentosa pode cobrir toda a circunferência do capilar. São encontrados com frequência em tecidos de alta atividade metabólica.
Este site é magnífico! Imagens de lâminas de altíssima resolução para estudos ou reciclagens de conhecimento. Muito bom! -> OBS: É aconselhável o Mozilla Firefox e mesmo assim, é aconselhável ter os plugins totalmente atualizados, tanto no Firefox, quanto no IE.
Os melhores sites de Anatomia e fisiologia humana!
Os melhores sites sobre anatomia e fisiologia humana que conheço! Dica de um professor, neurofisiologista de universidade, cujo nome não há necessidade de postar aqui: