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segunda-feira, 24 de maio de 2010

Lesão de Plexo Braquial

Lesão de Plexo Braquial - IMPORTANTÍSSIMO!!! Estudos e um artigo

Introdução

A lesão do plexo braquial é a lesão de nervo periférico mais comum nos partos vaginais. Foi descrita pela primeira vez em 1764, mas somente em 1861 Duchenne introduziu o termo "paralisia obstétrica". Posteriormente, Erb relacionou o plexo braquial como o sítio anatômico da lesão.

A incidência de lesão do plexo braquial é de cerca de 0,5 a 2,5 por 1.000 nascidos vivos. É caracterizada pela paralisia dos músculos do(s) membros(s) superior(es) que se segue ao traumatismo do quinto nervo cervical ao primeiro torácico (plexo braquial). Está geralmente associada ao estiramento excessivo do plexo durante o desprendimento do feto. Entretanto, outras etiologias estão provavelmente envolvidas.

A maioria das lesões é transit

ória, com resolução espontânea e recuperação completa. O quadro clínico depende da intensidade e do local da lesão, sendo encontradas três formas clínicas.


2. Tipos de Lesão do Plexo Braquial

2.1. Paralisia de Duchenne-Erb

Resulta da lesão do quinto e sexto nervos cervicais. É o tipo mais comum, correspondendo a 58 a 72% de todos os casos.

O neonato perde a capacidade de abduzir o braço, girar o braço lateralmente e realizar supinação do antebraço. A posição típica é em adução e rotação medial do braço com pronação do antebraço. Os reflexos de moro, bicipital e radial estão ausentes no braço afetado.

Pode haver algum déficit sensitivo na face lateral do braço, o que é difícil de ser avaliado no recém-nato. A presença de preensão palmar é um sinal de bom prognóstico. Envolvimento do diafragma por lesão de C4 está presente em cerca de 5% dos casos, podendo ocasionar desconforto respiratório.

2.2. Paralisia de Klumpke

É uma forma rara e resulta da lesão do sétimo e oitavo nervos cervicais e primeiro nervo torácico. Neste caso, ocorre paralisia dos músculos da mão e dos flexores longos. A mão fica paralisada e pode haver perda sensitiva na região ulnar do antebraço e mão. Após algum tempo pode ser observada atrofia muscular de intensidade variável.

A Síndrome de Horner geralmente está presente, caracterizada por ptose, miose e enoftalmia no lado afetado, devido ao acometimento das fibras simpáticas cervicais da primeira raiz torácica.

2.3. Lesão de todo o plexo

Também é rara, mas um pouco mais freqüente que a paralisia de Klumpke. Ocorre flacidez e perda completa da movimentação do membro. Todos os reflexos estão ausentes e o déficit sensitivo pode ser estender para o ombro.


3. Etiologia e fatores de risco

É universalmente aceito que a lesão do plexo braquial resulta, na maioria das vezes, da tração excessiva da cabeça fetal durante o desprendimento das espáduas nos partos com apresentação cefálica ou durante a liberação do polocefálico nas apresentações pélvicas (ex: cabeça derradeira). Entretanto, pouca atenção tem sido dada à possibilidade de lesão do plexo braquial não associada ao trauma do parto.

3.1. Lesão do plexo durante o parto

Neste caso, a lesão ocorre provavelmente, mas não necessariamente, devido à tração excessiva, com conseqüente estiramento das fibras nervosas. Mais da metade dos casos de lesão do plexo braquial ocorrem em casos com distocia de ombro comprovada. Entretanto, outros fatores de risco estão envolvidos, como a apresentação pélvica.

Distocia de Ombro

Tem uma incidência de 1% e é a causa mais comum de lesão do plexo braquial. Diversos fatores de risco estão relacionados a maior incidência de distocia de ombro, como a macrossomia fetal, obesidade materna, trabalho de parto prolongado e aplicação de fórceps (principalmente os médios).

Entretanto, a maioria dos fatores de risco da distocia de ombro é comum e não específica, tornando impossível prever sua ocorrência.

O tipo de lesão mais comumente associado à tentativa de liberação do ombro anterior é a do quinto e sexto nervos cervicais (paralisia de Duchenne-Erb). Uma tração mais vigorosa pode resultar em lesão de todo o plexo braquial.

Apresentação pélvica - dificuldade no desprendimento do pólo cefálico

A tração excessiva do tronco fetal durante o desprendimento cefálico pode resultar em lesão da parte inferior do plexo braquial (paralisia de Klumpke). Quando o braço fetal se encontra estendido sobre a cabeça, sua tentativa de liberação pode levar à paralisia de Erb-Duchenne.

3.2. Lesão intra-útero

Recentemente, a lesão do plexo braquial tem sido associada à posição anômala do feto intra-útero, como nos casos de oligodramnia. A identificação de lesão do plexo braquial em recém-natos de baixo peso e cujo parto ocorreu sem qualquer dificuldade mecânica é um reforço desta teoria. Além disso, existem casos descritos em que foram observados alterações eletromiográficas compatíveis com denervação em recém-natos com menos de 10 dias. Como o nervo leva pelo menos 10 dias para desenvolver tais alterações, é possível que a lesão do plexo tenha ocorrido intra-útero.


4. Prognóstico e conduta

A maioria dos neonatos (70 a 90%) tem recuperação completa. Os primeiros sinais de recuperação aparecem dentro de duas semanas, na maioria dos casos, e a melhora completa é esperada antes dos dois meses, no máximo até seis meses. As crianças com déficits residuais podem continuar a se recuperar mesmo durante os anos pré-escolares.

O tratamento é dividido em duas fases - manutenção do braço e mão em posição funcional durante os primeiros 7 a 10 dias, evitando movimentos passivos; e fisioterapia intensiva.

O prognóstico e o tempo de recuperação dependem de o nervo ter sido apenas lesado ou lacerado. Se a paralisia for em decorrência de edema e hemorragia ao redor das fibras nervosas, é mais provável a recuperação completa em um espaço de tempo mais curto. Se ocorrer laceração ou arrancamento, pode sobrevir lesão permanente.

A paralisia de Klumpke está associada a um prognóstico pior, podendo haver comprometimento do deltóide, com queda do ombro secundária à atrofia muscular.

A cirurgia é indicada somente em casos selecionados, quando não há qualquer melhora em três meses.


5. Prevenção da Lesão do Plexo Braquial através da identificação das pacientes de risco. É possível?

Uma pergunta que sempre é feita quando nos deparamos com um neonato com lesão do plexo braquial é se a lesão poderia ser prevenida.

Apesar de muitos fatores de risco terem sido identificados, é impossível prever a distocia de ombro e, principalmente, a lesão de plexo braquial.

A cesariana diminui o risco de lesão de plexo braquial, mas não o elimina. Identificar pacientes de alto risco e submetê-las à cesariana eletiva poderia diminuir a incidência de casos de neonatos com lesão do plexo braquial.

Como é impossível prever casos decorrentes de lesão intra-útero, uma estratégia poderia ser a identificação de pacientes com risco elevado de distocia de ombro e indicar a cesariana. Entretanto, a distocia de ombro é uma complicação relativamente rara e de difícil prevenção. Seus fatores de risco não têm valor preditivo e é impossível identificar os neonatos sob risco de lesão permanente.

Outro aspecto a ser abordado é o aumento do número de cesarianas com o objetivo de prevenir a lesão do plexo braquial nos neonatos de gestantes supostamente sob risco elevado. Portanto, alguns pontos devem ser considerados:

• Até que ponto é válido proceder à cesariana, que obviamente não é isenta de riscos, baseado em fatores de risco pouco específicos, para prevenir uma complicação relativamente rara e que freqüentemente não deixa seqüelas importantes nos neonatos?
• Quantas cesarianas eletivas devemos realizar para prevenir a ocorrência de um caso de lesão de plexo braquial?
• Qual o impacto deste aumento de cesarianas na morbidade e mortalidade materna?

Um consenso na literatura existe no que diz respeito à indicação de cesariana em mulheres com filho com lesão do plexo braquial, principalmente se a lesão é permanente.

Considerar também a indicação de cesariana em fetos com peso estimado superior a 4.000 - 4.500g, especialmente nos casos de mães diabéticas. Estas indicações não são regras a serem seguidas e absolutamente não são isentas de críticas.


6. Aspectos médico-legais

Os tocotraumatismos são uma das principais causas de processos médicos, principalmente quando ocorre lesão permanente na criança. A lesão do plexo braquial talvez lidere as estatísticas. Algumas considerações podem ser listadas:

• A lesão permanente do plexo braquial é rara e nem sempre associada a dificuldades mecânicas no parto;
• mesmo quando a lesão do plexo braquial está relacionada ao parto, é difícil, senão quase impossível, prever estes casos;
• a distocia de ombro é um evento raro e impossível de ser previsto. Os fatores de risco não são específicos. Por mais experiente que seja o obstetra, existem situações em que o desprendimento do feto é virtualmente impossível. A distocia de ombro pode estar associada a uma mortalidade e morbidade fetal significativa. Muitas vezes, lesões, como a fratura de clavícula e lesão do plexo braquial, ocorrem em conseqüência de uma tração excessiva necessária para salvar a vida do concepto;
• existem casos descritos de lesão do plexo braquial em partos vaginais espontâneos não assistidos. Deste modo, podemos inferir que a lesão de plexo braquial nem sempre está associada à tração excessiva do feto, podendo ocorrer independente das manobras obstétricas;
• existem evidências de que a lesão do plexo braquial pode se desenvolver intra-útero.


Bibliografia

1) Levine MG, Holroyde LT, Woods JR, Siddiqi TA, Scott M, Miodovzak M. Birth trauma: Incidence and predisposing factors. Obstet Gynecol 1984; 63:792-5.

2) Ecker JL, Greenberg JA, Norwitz ER, Nadel AS, Repke JT. Birth Weight as a Predictor of Brachial Plexus Injury. Obstet gynecol 1997; 89; 643-7.

3) Gilbert WM, Nesbitt TS, Danielsen B. Associated Factors in 1611 Cases of Brachial Plexus Injury. Obster Gynecol 1999; 93; 536-39.

4) Jennet RJ, Tarby TJ, Kreinick CJ. Brachial Plexus Palsy: An Old Problem Revisited. Am J Obstet Gynecol 1992; 166: 1673-6.

5) Nocon JJ, Mckenzie DK, Thomas LJ, Hansell RJ. Shoulder dystocia: An analysis os risks and obstetric maneuver. Am J Obstet Gynecol 1993; 168: 1732-7.

6) McFarland LV, Raskin M, Daling JR, Benedetti TJ. Erb/Duchenne's palsy: A consequence of fetal macrossomia and method of delivery. Obstet Gynecol 1986; 68: 784-8.

7) Gordon M, Rich H, Deutschberger J, Green M. The immediate and long-term outcome of obstetric birth trauma. I. Brachial plexus paralysis. Am J Obstet Gynecol 1973; 117: 51-6.

8) Hankins GD, Clark SL. Brachial plexus palsy involving the posterior shoulder at spontaneous vaginal delivery. Am J Perinatol 1995; 12:44-5.

9) Ubachs JMH, Slooff ACJ, Peeters LLH. Obstetric antecedents of surgically treated obstetric brachial plexus injuries. Br J Obstet Gynaecol 1995; 102: 813-7.

10) Cunningham FG, Mac Donald PC, Gant NF, Leveno KJ, Gilstrap LC, Hankins GDV, Clark SL. Williams Obstetric. 1997. Ed Appleton & Lange - International Edition.

11) Fanaroff AA, Martin RJ. Diseases of the fetus ans infant. Neonatal-Perinatal Medicine. Volume 2 - 5a edição.

12) Fanaroff AA, Martin RJ. Diseases of the fetus ans infant. Neonatal-Perinatal Medicine. Volume 1 - 5a edição.

Fonte:

http://www.medcenter.com/medscape/content.aspx?id=3561&langType=1046


Outros estudos:

http://www.wgate.com.br/conteudo/medicinaesaude/fisioterapia/neuro/plexo_brena.html

http://brasiliaindica.com.br/saude/index.php?option=com_sobi2&sobi2Task=sobi2Details&catid=2&sobi2Id=59&Itemid=56

Artigo:

http://www.nead.unama.br/site/bibdigital/pdf/artigos_revistas/110.pdf

Entorse de Ternozelo - Estudos e Esclarecimentos

Entorse de Tornozelo - Estudos e Esclarecimentos:

Partes deste artigo foram alteradas por Alexandre Firme.

Entorse de tornozelo I - Princípios básicos



O que é? Entorse é uma torção e pode ser resultado de uma sobrecarga grave, estiramento ou laceração de tecidos moles como a cápsula articular, ligamentos, tendões ou músculos. Porém, esse termo é freqüentemente usado em referência específica à lesão de um ligamento, após o movimento de torção, recebendo a seguinte graduação:

• Grau I - ligamento preservado, dor leve ligamentar e edema local.

• Grau II - frouxidão ligamentar, dor intensa, edema difuso + hematoma [imagem].

• Grau III - ruptura ligamentar parcial ou total, provável fratura por avulsão, dor intensa, instabilidade, edema difuso e hematoma [imagem].

O que provoca? Os ligamentos frouxos no tornozelo, os músculos fracos, as lesões dos nervos da perna, certos tipos de calçado (como os sapatos de salto alto e estreito) e certas maneiras de caminhar, tendem a provocar a rotação do pé para dentro ou fora. As lesões do tornozelo são causadas por uma súbita aplicação de força que exceda a resistência dos ligamentos, rodando o pé em inversão ou eversão.


Figuras mostram o mecanismo de entorse do tornozelo (inversão) (esq.) e
lesão dos ligamentos do complexo lateral — calcaneofibular e talo-fibular anterior (dir.)
Como prevenir? As pessoas cujos tornozelos torcem com facilidade podem evitar as lesões subseqüentes utilizando estabilizadores, meias elásticas para os tornozelos e colocando palmilhas nos calçados para estabilizar o pé e o tornozelo. Além disso, fisioterapia para restabelecer o movimento, fortalecer os músculos que agem no tornozelo e melhorar o equilíbrio através de exercícios de propriocepção, treinos em terrenos irregulares (com supervisão de um profissional da área).


Qual o prazo de recuperação? Depende da gravidade da torção. Os ligamentos têm a vascularização regular e cicatrizam lentamente. O reparo é feito por tecido fibroso e colágeno. O prazo é:

• Grau I – uma a duas semanas de crioterapia (gelo), compressão, elevação, fortalecimento muscular e propriocepção (fisioterapia).

• Grau II - imobilização de três a quatro semanas. Após faz-se: crioterapia, mais fortalecimento muscular e propriocepção.

• Grau III – pode ser conservador, mas já existe indicação cirúrgica com recuperação nos dois casos de oito a 12 semanas em média.

Fonte:
http://www.milton.com.br/esporte/saiba_mais/ort_1.htm

Mais esclarecimentos sobre o assunto:
http://www.clinicadeckers.com.br/html/orientacoes/ortopedia/034_entorse_tornozelo.html

http://mmspf.msdonline.com.br/pacientes/manual_merck/secao_05/cap_056.html

http://www.medicinaealimentacao.com/?id=793&Entorse-do-Tornozelo-Pe

http://www.cartaovermelho.esp.br/modules.php?op=modload&name=Sections&file=index&req=viewarticle&artid=146&page=1

http://www.webrun.com.br/home/conteudo/noticias/index/id/6210

http://www.cto.med.br/fraturas_geral/fraturas/entorse.html

Artigo:
http://www.projetodiretrizes.org.br/7_volume/03-Entorce_Tornozelo.pdf

Bons estudos!

segunda-feira, 17 de maio de 2010

DOR - O que é? - Como Funciona o processo?

Matérias sobre dor - muito interessante!

O que é Dor?
http://www.qmc.ufsc.br/qmcweb/artigos/dor/o_que_eh_dor.htm

Dor:
http://www.praticahospitalar.com.br/pratica%2035/paginas/materia%2003-35.html

Como funciona o processo da dor?
http://saude.hsw.uol.com.br/dor.htm

Algumas imagens, mais explicações e vídeos:
http://saude.hsw.uol.com.br/search.php?terms=dor&media=image

São matérias muito interessantes. Vale muito conferir e obter este conhecimento.
A.Firme

terça-feira, 11 de maio de 2010

ATEROSCLEROSE - não confunda com a matéria seguinte!!!

ATEROSCLEROSE - o que é, como ocorre, tratamento, perigos, conceito

Aterosclerose


Aterosclerose é um termo geral que designa várias doenças nas quais se verifica espessamento e perda de elasticidade da parede arterial. A mais importante e a mais frequente destas doenças é a aterosclerose, na qual a substância gorda se acumula por baixo do revestimento interno da parede arterial.

A aterosclerose afecta as artérias do cérebro, do coração, dos rins, de outros órgãos vitais e dos braços e das pernas. Quando a aterosclerose se desenvolve nas artérias que alimentam o cérebro (artérias carótidas), pode produzir-se um icto; quando se desenvolve nas artérias que alimentam o coração (artérias coronárias), pode produzir-se um enfarte do miocárdio.

Na maioria dos países ocidentais, a aterosclerose é a doença mais frequente e a causa principal de morte, representando o dobro das mortes por cancro e 10 vezes mais do que por acidentes. Apesar dos avanços médicos significativos, a doença das artérias coronárias (que é causada pela aterosclerose e que provoca os enfartes) e o icto aterosclerótico são responsáveis por mais mortes do que todas as outras causas juntas.


Causas

A aterosclerose inicia-se quando alguns glóbulos brancos, chamados monócitos, migram da corrente sanguínea para o interior da parede da artéria e transformam-se em células que acumulam substâncias gordas. Com o tempo, estes monócitos carregados de gordura acumulam-se e produzem espessamentos, distribuídos irregularmente pelo revestimento interno da artéria. Cada zona de espessamento (chamada placa aterosclerótica ou de ateroma) enche-se de uma substância mole parecida com o queijo, formada por diversas substâncias gordas, principalmente colesterol, células musculares lisas e células de tecido conjuntivo. Os ateromas podem localizar-se em qualquer artéria de tamanho grande e médio, mas geralmente formam-se onde as artérias se ramificam (presumivelmente porque a turbulência constante destas zonas, que lesa a parede arterial, favorece a formação do ateroma).


As artérias afectadas pela aterosclerose perdem a sua elasticidade e, à medida que os ateromas crescem, tornam-se mais estreitas. Além disso, com o tempo, as artérias acumulam depósitos de cálcio que podem tornar-se frágeis e rebentar. Então, o sangue pode entrar num ateroma rebentado, aumentando o seu tamanho e diminuindo ainda mais o lume arterial. Um ateroma rebentado também pode derramar o seu conteúdo gordo e desencadear a formação de um coágulo sanguíneo (trombo). O coágulo estreita ainda mais a artéria e inclusive pode provocar a sua oclusão ou então desprende-se e passa ao sangue até chegar a uma artéria mais pequena, onde causará uma oclusão (embolia).


Sintomas

Geralmente, a aterosclerose não produz sintomas até estreitar gravemente a artéria ou causar uma obstrução súbita. Os sintomas dependem do local onde se desenvolve a aterosclerose: o coração, o cérebro, as pernas ou quase em qualquer parte do organismo.

Uma vez que a aterosclerose diminui de modo considerável o lume de uma artéria, as zonas do organismo que esta alimenta podem não receber sangue suficiente e, como consequência, o oxigénio necessário. O primeiro sintoma do estreitamento de uma artéria pode ser uma dor ou uma cãibra nos momentos em que o fluxo de sangue é insuficiente para satisfazer as necessidades de oxigénio. Por exemplo, durante um exercício, uma pessoa pode sentir dor no peito (angina), devido à falta de oxigénio no coração; ou, enquanto caminha, podem aparecer cãibras nas pernas (claudicação intermitente) devido à falta de oxigénio nas extremidades. Estes sintomas desenvolvem-se gradualmente à medida que o ateroma aperta a artéria. No entanto, quando se verifica uma obstrução súbita, os sintomas aparecem imediatamente (por exemplo, quando um coágulo sanguíneo se encrava numa artéria).


Factores de risco

O risco de desenvolver aterosclerose aumenta com a hipertensão arterial, os altos valores de colesterol, o tabagismo, a diabetes, a obesidade, a falta de exercício e a idade avançada. Ter um familiar próximo que tenha desenvolvido aterosclerose numa idade ainda jovem também aumenta o risco. Os homens têm um maior risco de sofrer desta doença do que as mulheres, embora depois da menopausa o risco aumente nas mulheres e finalmente iguala-se ao dos homens.

As pessoas com homocistinúria, uma doença hereditária, desenvolvem ateromas com grande facilidade, sobretudo na idade juvenil.

A doença afecta muitas artérias, mas não as artérias coronárias que alimentam o coração. Pelo contrário, na hipercolesterolemia familiar hereditária, os valores extremamente elevados de colesterol no sangue provocam a formação de ateromas nas artérias coronárias muito mais do que nas outras artérias.


Prevenção e tratamento

Para prevenir a aterosclerose, devem eliminar-se os factores de risco controláveis, como os valores elevados de colesterol no sangue, a pressão arterial alta, o consumo de tabaco, a obesidade e a falta de exercício. Assim, dependendo dos factores de risco específicos de cada pessoa, a prevenção consistirá em diminuir os valores de colesterol (Ver secção 12, capítulo 139), diminuir a pressão arterial (Ver secção 3, capítulo 25), deixar de fumar, perder peso e fazer exercício. (Ver secção 5, capítulo 58) Felizmente, tomar medidas para levar a cabo alguns destes objectivos ajuda a levar a cabo outros. Por exemplo, fazer exercício ajuda a perder peso, o que, por sua vez, ajuda a diminuir os valores do colesterol e da pressão arterial, do mesmo modo que deixar de fumar ajuda a baixar os valores do colesterol e da pressão arterial.

O hábito de fumar é particularmente perigoso para as pessoas que já têm um risco elevado de sofrer doenças cardíacas. Fumar cigarros diminui a concentração do colesterol bom, ou colesterol com lipoproteínas de alta densidade (HDL), e aumenta a concentração do colesterol mau, ou colesterol com lipoproteínas de baixa densidade (LDL). O colesterol também aumenta o valor do monóxido de carbono no sangue, o que pode aumentar o risco de lesões do revestimento da parede arterial e, além disso, contrai as artérias já estreitadas pela aterosclerose e, portanto, diminui a quantidade de sangue que chega aos tecidos. Por outro lado, fumar aumenta a tendência do sangue a coagular, o que aumenta o risco de doença arterial periférica, doença das artérias coronárias, icto e obstrução de um enxerto arterial depois de uma intervenção cirúrgica.

O risco que um fumador corre de desenvolver uma doença das artérias coronárias está directamente relacionado com a quantidade de cigarros que fuma diariamente. As pessoas que deixam de fumar correm metade dos riscos das que continuam a fumar (independentemente de quanto tenham fumado antes de abandonar o hábito). Deixar de fumar também diminui o risco de morte após uma cirurgia de revascularização coronária (bypass) ou de um enfarte. Também diminui a incidência de doenças em geral e o risco de morte em doentes com aterosclerose em artérias diferentes das que alimentam o coração e o cérebro.

Definitivamente, o melhor tratamento para a aterosclerose é a prevenção. Quando a aterosclerose se torna suficientemente grave para causar complicações, devem tratar-se as próprias complicações (angina de peito, enfarte, arritmias, insuficiência cardíaca, insuficiência renal, icto ou obstrução das artérias periféricas).


OBS:

Arteriolosclerose - não confundir!!!

A arteriolosclerose é um tipo menos frequente dearteriosclerose que afecta principalmente as camadas interna e média das paredes das artérias musculares pequenas (arteríolas). A doença verifica-se sobretudo nas pessoas que sofrem de hipertensão arterial.


Fonte:

http://www.manualmerck.net/?id=52


Outros esclarecimentos:

http://emedix.uol.com.br/doe/car005_1f_aterosclerose.php

http://mmspf.msdonline.com.br/pacientes/manual_merck/secao_03/cap_026.html

ARTEREOESCLEROSE ou ATEROESCLEROSE

ARTEREOESCLEROSE ou ATEROSCLEROSE - Uma patologia perigosa!!!

A ateroesclerose é o depósito no interior das artérias de substâncias gordurosas junto com colesterol, cálcio, produtos de degradação celular e fibrina (material envolvido na coagulação do sangue e formador de coágulos). O local onde esse depósito ocorre chama-se placa.

Arteriosclerose é um termo geral usado para denominar o espessamento e endurecimento das artérias. Parte desse endurecimento é normal e é decorrente do envelhecimento das pessoas.

As placas podem obstruir total ou parcialmente uma artéria, impedindo ou diminuindo a passagem de sangue. Sobre as placas podem se formar coágulos de sangue, denominados de trombos que, ao se soltarem, provocam embolias arteriais. Quando isso acontece no coração, temos o ataque cardíaco ou o infarto do miocárdio; quando no cérebro, provoca a embolia ou a trombose cerebral. Como a doença ocorre em artérias de médio ou grosso calibre, a gravidade, bem como as conseqüências, dependerão do local, mais ou menos nobre do organismo, onde o acidente vascular ocorrer.

A ateroesclerose é uma doença de progressão lenta e que pode se iniciar desde a infância. Em algumas pessoas atinge a maior intensidade de progressão na terceira década e noutras somente depois da quinta ou sexta década.

Sobre as causas do início da ateroesclerose pouco sabemos. Existem quatro teorias que tentam explicar porque a camada mais interna (endotélio) dos vasos é atingida.

A elevação da pressão arterial
A elevação dos níveis de gordura no sangue (Colesterol e triglicerídios)
O fumo. A fumaça do cigarro particularmente agride o endotélio das artérias das pernas, das coronárias e da aorta.
Ação de toxinas de origem infeciosa no endotélio das artérias.

Por só um desses fatgores ou pela conjunção de mais de um deles, a camada interna das artérias fica espessada, o que diminui a luz dos vasos atingidos e a oferta de sangue nos territórios irrigados por esses vasos fica reduzida..

Passando pouco sangue, menos do que o necessário para manter a função do órgão irrigado por ele naquele momento, ocorre a isquemia, o que no coração provoca a angina do peito.

Se o bloqueio é total, quando nada de sangue passa, ocorre:

No coração, o infarto do miocárdio,
No cérebro, a trombose cerebral e
Na perna, a claudicação, se for parcial,e até a necrose com gangrena, se for total.
Os fatores desencadeantes da ateroesclerose são os mesmo citados como fatores de risco de doenças cardiovasculares.

Fonte:
http://www.abcdasaude.com.br/artigo.php?33

Outros esclarecimentos nos links a seguir:
http://biazi.br.tripod.com/saudebiazi/id20.html
http://www.arteriosclerose.med.br/
http://drluizviarengo.site.med.br/index.asp?PageName=ARTERIOSCLEROSE

segunda-feira, 10 de maio de 2010

JOANETE - O que é? Como se trata?

JOANETE - Definição e Tratamento
(Algumas partes editadas por Alexandre Firme)

O que é o joanete?

O joanete, que cientificamente é chamado de hálux valgo, é a patologia mais comum do pé do adulto. Diferente do que muita gente pensa, o joanete não é um osso que cresceu ou que surgiu, mas um desvio do primeiro metatarsiano e das falanges (osso do dedão) que se expressa como uma saliência na região de dentro do pé.


Quais são as causas do joanete?

Dois fatores principais estão nitidamente associados ao desenvolvimento do joanete: a história familiar da patologia, ou seja, ter alguém na família com a deformidade e o uso de calçados inadequados, sobretudo salto alto e bico fino.


O joanete é muito comum?

É estimado que 33 % da população urbana tenha algum grau da deformidade. A incidência da deformidade é muito menor (em torno de 2%) entre indivíduos que não têm o hábito de usar calçado fechado, como os índios.

Como é atualmente a cirurgia para correção do joanete?

A cirurgia para correção do joanete sofreu várias inovações nos últimos anos. As técnicas mais modernas, além de serem muito mais eficazes, dispensam o uso de gesso o que facilita a reabilitação pós-operatória. De qualquer maneira, o procedimento exige alguns cuidados e o uso de calçado fechado só é permitido após 40 dias de cirurgia. Neste intervalo o paciente deambula com um calçado apropriado que proporciona o apoio somente no calcanhar.


Que anestesia é utilizada pra cirurgia do joanete?

O procedimento é realizado sob sedação e um bloqueio realizado na região do pé e do tornozelo, dispensando assim, o uso de anestesia geral ou na coluna. Este tipo de anestesia além de minimizar as complicações, promove uma analgesia muito mais prolongada no período pós-operatório.


Qual é a cirurgia mais indicada para correção do joanete?

São conhecidas mais de 100 técnicas cirúrgicas para a correção do joanete. Cada paciente, ou melhor cada pé, deve ser avaliado individualmente e o procedimento mais adequado deve ser indicado baseado no grau da deformidade e na idade do paciente, entre outros fatores.


Pode acontecer de a cirurgia não ter sucesso?

As chances de insucesso no tratamento do joanete são muito pequenas, desde que a cirurgia seja corretamente indicada, não hajam complicações e as recomendações sejam estritamente seguidas pelo paciente.


Que cuidados eu devo ter após a cirurgia?

A maioria dos pacientes submetidos à correção do joanete pelas técnicas atuais desfrutam dos avanços da cirurgia moderna dispensando o uso de gesso e estando liberados para caminhar (com moderação) no dia seguinte à cirurgia. Porém alguns cuidados são fundamentais:

1. Não deixe de seguir estritamente as recomendações do seu médico.

2. A liberação para caminhar após a cirurgia, envolve o indispensável (comer, ir no banheiro,etc..). Evite caminhadas desnecessárias. Elas aumentam o inchaço, provocam dor e retardam a recuperação.

3. Esforços exagerados no período pós-operatório, incluindo caminhadas desnecessárias, podem colocar em risco o resultado da cirurgia pela perda da correção obtida trans-operatoriamente.

4. Não deixe de realizar todas as consultas pós-operatórias. Habitualmente você deve ver seu médico mensalmente até o sexto mês pós-operatório para assegurar uma reabilitação adequada.


Tratamentos Recomendados:


Tratamento conservador:

O tratamento conservador deve ser a primeira alternativa, principalmente no caso de corredores, já que a cirurgia de correção do hálux valgo tem como principal conseqüência a rigidez ou diminuição do movimento da articulação metatarsofalangeana. Conseqüência essa que pode prejudicar o rendimento do corredor e principalmente alterar a pisada, formando um mecanismo compensador que pode levar a outros problemas ortopédicos.

O tratamento do hálux valgo deve focar não apenas a deformidade do dedão, mas também as alterações biomecânicas que, associadas, podem causar essa deformidade.

O tratamento inicial tem como objetivo diminuir a dor e a inflamação. Para atingir esses objetivos a fisioterapia pode fazer uso da aplicação do ultra-som, gelo e mobilização articular do hálux. A utilização de medicação antiinflamatória auxilia o tratamento fisioterápico e deve ser prescrita por um especialista (ortopedista). É de extrema importância que as atividades atléticas sejam modificadas para reduzir o stress causado no joanete. Deve-se evitar corrida em terrenos irregulares (principalmente com subidas), treinos de tiro e atividades que envolvam chutes (futebol e lutas marciais) ou posturas ajoelhadas. As atividades mais indicadas para essa fase são: ciclismo, natação, remo e deep running (corrida dentro da água com uso de flutuadores).

Com a redução da dor o fisioterapeuta deve focar na restauração da mecânica normal da marcha, o que envolve equilíbrio muscular e adequado alinhamento das articulações do membro inferior. Assim que o atleta referir melhora da dor, devem ser iniciados o relaxamento e alongamento dos músculos e tendões da perna e pé que se apresentam encurtados, para que se evite qualquer limitação do movimento nestas regiões.

Os principais músculos a serem alongados são: os músculos da panturrilha (gastrocnêmio e sóleo) e o músculo que dobra o dedão (flexor longo do hálux). O alongamento do músculo do dedão deve ser realizado e instruído pelo fisioterapeuta, que ao aplicar suave tração na articulação buscará primeiramente o alinhamento da articulação, já que deformidade deve ser corrigida manualmente antes da aplicação de força na direção que se deseja alongar. O fisioterapeuta deve ensinar e treinar o atleta para que este repita o alongamento três a quatro vezes ao dia.

Simultaneamente com os exercícios de alongamento deve ser iniciado um programa de fortalecimento para a musculatura intrínseca do pé e músculos da perna. Os músculos mais importantes a serem fortalecidos são: músculos abdutores e rotadores externos do quadril, tibial posterior (este músculo ajuda no suporte do arco do pé, controlando a pronação) e os músculos da sola do pé.

A progressão do número de repetição e resistência indicada para cada exercício depende da força inicial de cada músculo e da presença de dor um dia após os exercícios. Portanto, deve ser definida pelo fisioterapeuta que está guiando o seu tratamento.

O programa de fisioterapia dura em média duas a cinco semanas. Ao retornar à corrida o atleta deve manter os exercícios de alongamento e fortalecimento duas a três vezes por semana.

Cirurgia:

Alguns corredores po dem não obter sucesso com o tratamento conservador, principalmente nos casos em que a alteração da articulação é mais acentuada. Para estes casos a cirurgia pode ser uma boa opção, já que atualmente a correção do alinhamento do dedão é menos agressiva, permitindo uma recuperação mais rápida e com menos seqüelas.


Abaixo, algumas imagens:

Fontes:

http://www.clinicadope.net/detalhe_texto.php?id_foto=105

http://www.revistacontrarelogio.com.br/materias/?Como%20enfrentar%20e%20conviver%20com%20o%20joanete.302

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Pulso Aberto? (Na verdade, PUNHO... e não chega ser "aberto"!)

Pulso Aberto? (Na verdade, PUNHO... e não chega ser "aberto"!)
Por Alexandre Firme - Maio de 2010.
(** Por favor, deixe seu NOME E E-MAIL ao final de seu comentário para que eu possa respondê-lo(a) diretamente, ok? Agradeço desde já.)
A Anatomia dos punhos e das mãos é composta por vários músculos, tendões, nervos, ossos, artérias e veias. Porém em relação ao tão famoso "pulso aberto", não há necessidade de entrar em tantos componentes anatômicos.

No caso do punho aberto, melhor dizendo, da lesão no retináculo dos extensores dos dedos (imagem 1), há resultantes de dor (tanto no repouso quanto ao movimento), hipomobilidade (pouco movimento), perda de força e incômodo constante até o momento em que há um certo reconforto na região e o indivíduo relata ou sente "melhora".
Imagem 1 abaixo:
Nesta região há musculatura dos flexores e extensores dos dedos, músculo pronador quadrado, articulações radial, ulnar e do carpo, entre outras estruturas.

O Retináculo dos extensores dos dedos é uma estrutura de tecido fibroso, muita parecida com a dos tendões e que protege os tendões destes extensores dos dedos e também mantém alinhada e funcionalmente articular os ossos rádio e ulna, articulando-se e também com o carpo da mão.

Esta estrutura (retináculo), conforme algum trabalho forçado, ou constante, pode ser lesionado, pois a ação natural vetorial do osso Rádio e da Ulna é de se afastar, devido às estruturas marginais e mais internas localizadas à mesma altura "pressionando" as partes distais destes dois ossos "para fora".

O Retináculo dos extensores dos dedos mantém estes ossos articulados e unidos, dando-lhes funcionalidade adequada às várias situações requisitadas no dia a dia.

Conforme este trabalho forçado ou insistente, este retináculo, em forma de pulseira fibrosa, é lesionado em forma de "rasgo", como se um tecido fosse se rasgando aos poucos, da área distal para a proximal.

Com esse tipo de lesão, ocorre o desalinhamento articular, dor, eventual edema, rubor, iniciando um quadro de inflamação, mas podendo fortemente "evoluir" para o rasgo do tecido. A falta de força é decorrida da falta de movimento e desalinhamento músculo-articular, também acompanhada de desconforto e hipomobilidade.

A possível "cura" para esta patologia é normalmente um processo cirúrgico, dependendo do grau da lesão, mas infelizmente, os indivíduos que procuram um médico ou um fisioterapeuta para avaliação do quadro e posterior tratamento mais adequado possível, chegam tarde demais, ou seja, já com um quadro relativamente avançado, pois a dor já incomoda tanto que não é mais possível suportá-la. Por isso, a ocorrência maior de cirurgias. Porém, em fase inicial, um bom tratamento fisioterapêutico pode eliminar o quadro de dor, desconforto e outros, com trabalhos muito interessantes e que podem e muito, ajudar a prevenir este tipo de lesão.

Não acho ético nem correto transcrever algum tipo de tratamento, dependendo do tipo de patologia, é claro, em leituras por internet, pois podem haver algumas peculiaridades do indivíduo que, ao realizar o "suposto tratamento", pode até mesmo piorar o quadro atual. Por isso não postei nada por aqui, pois o procedimento correto é procurar um ortopedista ou fisioterapeuta competentes para que seja feita uma avaliação segura e seguido de um tratamento realmente eficaz!

Abaixo, mais algumas imagens de esquemas anatômicos para melhor compreensão.



No link a seguir, outros esclarecimentos:

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Unhas fracas... Como fortalecê-las?

Unhas fracas. Como fortalecê-las?

O que são as unhas?

As unhas refletem a saúde do organismo. Elas são anexos cutâneos formados por diferenciação de alguns segmentos da pele. Possuem muita queratina e estão envolvidas no processo de proteção do organismo em relação ao meio externo e tem função estética.

O crescimento delas é contínuo e recebe estímulos hormonais e nutricionais diversos. A unha pode interromper seu crescimento ou apresentar alterações de estrutura uma vez que, em casos de doenças graves, o organismo reservar sua fonte de proteínas, vitaminas e de defesa para os órgãos vitais. Os nutrientes ficam escassos primeiramente nas unhas1 e nos cabelos e ambos ficam enfraquecidos, opacos e sem vida nestas situações.

Através da observação de alterações do leito ungueal é possível identificar doenças sistêmicas, facilitando o diagnóstico e permitindo um tratamento precoce.


Como é a unha normal?

A unha normal é transparente, lisa, suave, permanecendo colada ao seu leito e apresentando crescimento contínuo.

As unhas crescem, em média, 3 milimetros por mês, mas isso pode variar bastante. As unhas1 das mãos demoram, em média, de 4 a 6 meses para crescer da base até a ponta; e as dos pés, de 6 a 12 meses. As unhas dos homens crescem mais rápido do que as das mulheres (exceto na gravidez, quando as unhas crescem mais). É bom lembrar que existem variações individuais, relacionadas à raça, idade, ambiente, ocupação, etc.

Diversas alterações na cor, aparência, superfície e crescimento podem significar problemas internos.


Quais alterações das unhas devem ser observadas?

Na maioria dos casos, a presença de unhas fracas, quebradiças ou que descolam na sua parte distal ocorre por manipulação excessiva, como o uso demasiado de esmaltes, fortalecedores contendo formol, microtraumatismo em unhas (por exemplo: unhas1 de digitadoras).

O tratamento geralmente é simples. Podem ser usadas cápsulas de gelatina, ferro, solução fortalecedora como o casco de cavalo (que contém substâncias endurecedoras), hidratantes com ureia e silicone e banhos de silicone (que formam uma película protegendo temporariamente a lâmina ungueal).


Quais as alterações das unhas que devem ser examinadas por um dermatologista pois podem estar presentes em doenças sistêmicas?

  • Anemia: unhas quebradiças, secas, opacas, com vários sulcos transversais, formato côncavo da unha (coiloniquia), descolamento distal (onicólise).
  • Doenças cardíacas: unhas curvadas para baixo, alargadas, coloração arroxeada e pontos arroxeados.
  • Doenças renais: engrossamento das unhas, coloração amarelada ou cinzenta, linhas transversais esbranquiçadas, unha metade marrom, metade clara.
  • Doenças hepáticas: na cirrose estão presentes as chamadas “Unhas de Terry”- de cor esbranquiçada na parte proximal e coloração normal na parte distal, unha pálida, amarelada, arredondamento e aumento da unha.
  • Doenças gastrointestinais: unhas doloridas, frágeis e que se descolam da parte distal ou descamam. Presença de pontos hemorrágicos.
  • Diabetes: unhas grossas, avermelhadas e com visualização de vasos na pele. É comum a presença de micoses, engrossamento e endurecimento das pontas dos dedos.
  • Hipertireoidismo: afinamento e enfraquecimento das unhas, descolamento da parte distal e abaulamento.
  • Hipotireoidismo: unhas opacas e grossas.
  • Lúpus eritematoso: manchas brancas na unha, depressões puntiformes e descolamento da parte distal da unha. Hemorragia da cutícula.
  • Reumatismo: unhas amareladas, com sulcos transversais, lúnula (mancha esbranquiçada e semilunar presente na base da unha) avermelhada e engrossamento sob a unha.
  • Leucemia: unha quebradiça, hiperqueratose (engrossamento) ou perda total da unha.
  • AIDS: é frequente o acometimento da unha por infecções causadas por fungos, cândida, vírus e herpes e também a presença do sarcoma de Kaposi (tumor vascular) na unha.

Outras alterações que devem ser avaliadas:

  • Unheiro: é o edema da cutícula. Pode ser causado por cândida (em pessoas que mexem muito com água ou umidade) ou por bactéria (geralmente após um traumatismo, como tirar a cutícula).
  • Micoses: a mais característica é a unha que vai ficando porosa, descolando e formando uma massa por baixo. É importante salientar que não é pega só em pedicure, como muitos pensam. Homens que nunca vão à pedicure são os mais acometidos. A causa é o fungo que existe no ar agravado pela predisposição familiar, diabetes, suor excessivo nos pés e uso contínuo de sapatos fechados. Microtraumatismos vão descolar a unha e facilitar a umidade debaixo dela, onde o fungo se acomodará. Existem atualmente antifúngicos orais muito eficientes. No caso de micose inicial, cortar bem a unha e usar antifúngicos locais.
  • Unhas encravadas: são defeitos constitucionais, em que a unha se encurva muito e entra dentro da carne, incomodando muito o paciente. É agravada com a idade e o corte errôneo da unha. Deve-se preventivamente cortar a unha reta, evitar sapatos apertados e evitar tirar muito a cutícula nos cantos. Em casos mais intensos recorre-se à cirurgia, que tira a matriz da unha responsável pelo seu crescimento naquele canto.


Quais alterações nutricionais podem alterar o aspecto das unhas?

  • Deficiência de vitamina A: unha com aspecto de casca de ovo, esbranquiçada e quebradiça.
  • Deficiência de vitamina B12: linhas longitudinais escurecidas, cor azul enegrecida.
  • Deficiência de vitamina C: hemorragia subungueal, com a presença de pontos avermelhados no leito ungueal.
  • Deficiência de zinco: coloração acinzentada, cutícula seca e engrossada, descamação intensa ao redor das unhas, linhas transversais bem acentuadas.
  • Deficiência de nicotinamida – vitamina B3 (pelagra - doença dos alcoólatras): linhas transversais esbranquiçadas, ausência de brilho e descolamento da parte distal da unha.


Quais os medicamentos que causam alterações no leito ungueal?

  • Minociclina: cor azulada nas unhas.
  • Tetraciclina: cor marrom e descolamento distal.
  • Anticonvulsivantes: diminuição do tamanho das unhas1.
  • Antidepressivos: unhas com manchas brancas.
  • Retinoides: afinamento das unhas, pontos brancos.


Como fortalecer as unhas fracas?

A saúde das unhas está muito ligada à alimentação da pessoa: uma dieta rica em proteínas, nutrientes e oligoelementos é muito importante para mantê-las saudáveis.

  • Uma pessoa que lava louças sem luvas pode enfraquecer ou manchar suas unhas. Seria interessante uma mudança desse hábito durante um mês para observar se as unhas melhoram. Caso isso não aconteça, o ideal é procurar um dermatologista para saber se existe relação com alguma doença.
  • Usar esmalte que não tenha ingredientes corrosivos ou que não cause alergia. Produtos como o tolueno e o formaldeído são compostos químicos que estão na composição do esmalte e que podem causar alergia em algumas pessoas. O esmalte protege a unha, funcionando como uma camada protetora, mas precisa ser de boa qualidade.
  • Podemos cortar e lixar as unhas sem problema algum. Entretanto, não devemos retirar as cutículas, pois elas servem de proteção contra doenças.
Fonte:
http://www.abc.med.br/p/unhas+fracas++como+fortalece+las+-39538.html

Carboidratos processados podem agredir mais o coração

Infromativo sobre carboidratos processados - perigo!!!

Carboidratos processados podem agredir mais o coração do que as gorduras saturadas, segundo artigo publicado na Scientific American deste mês de maio, dia 4.

Carboidratos processados podem agredir mais o coração do que  as gorduras saturadas, segundo artigo publicado na Scientific American  deste mês
Desde 1970 os americanos reduziram a porcentagem de calorias provenientes de gorduras saturadas, mas os índices de obesidade1 durante este período mais do que dobraram. Os índices de diabetes2 triplicaram e as doenças cardíacas ainda são a maior causa de morte na população.

Pesquisas recentes, incluindo uma meta-análise de mais de uma dúzia de estudos, sugerem que os carboidratos processados, os quais muitos americanos comem hoje em dia no lugar das gorduras saturadas, podem aumentar o risco de obesidade1, diabetes2 e de doenças cardíacas mais do que a ingestão de gorduras saturadas - um achado que tem implicações sérias para os novos guidelines aguardados para este ano.

Em março, o American Journal of Clinical Nutrition publicou uma meta-análise que relacionou os hábitos alimentares de aproximadamente 350 mil pessoas e o risco de desenvolver doenças cardiovasculares3 durante um período de 5 a 23 anos. A análise, coordenada por Ronald M. Krauss, diretor de pesquisas sobre aterosclerose4 do Children's Hospital Oakland Research Institute, não encontrou associações entre a quantidade de gorduras saturadas consumidas e o risco de doenças cardiovasculares3.

Meir Stampfer é professor de nutrição5 e epidemiologia da Harvard School of Public Health e um dos autores de um estudo publicado no New England Journal of Medicine que acompanhou 322 obesos por dois anos quando eles adotaram uma das três dietas: dieta de baixo consumo de gorduras - dieta de restrição calórica baseada no guideline da American Heart Association; dieta Mediterrânea6 - dieta de restrição calórica rica em vegetais e pobre em carnes vermelhas; dieta com baixo consumo de carboidratos, sem restrição calórica. Embora os que fizeram a dieta com baixo consumo de carboidratos tenham comido mais gorduras saturadas, eles terminaram o estudo com os níveis mais saudáveis de HDL7 e LDL colesterol8 e perderam duas vezes mais peso do que os que ingeriram pouca gordura9 saturada.

No Journal of the American Medical Association, outro estudo avaliou 65 mil mulheres e observou que as que ingeriram carboidratos mais rapidamente absorvidos - os quais têm alto índice glicêmico - tinham uma probabilidade 47% maior de adquirir diabetes mellitus10 tipo 2 do que aquelas que ingeriram alimentos de índices glicêmicos baixos (a quantidade de gordura9 ingerida não afetou o risco de diabetes2).

Ainda não se sabe se estas observações farão parte do Dietary Guidelines for Americans de 2010, atualizado a cada cinco anos. Até o momento, a recomendação americana é de limitar a ingestão calórica como um todo, independente da fonte.

Ninguém está dizendo que as pessoas devem começar a ingerir gorduras saturadas em qualquer quantidade. O que está sendo mostrado é que as gorduras saturadas podem ser neutras, comparadas aos efeitos dos carboidratos processados e açúcares refinados como os encontrados em alguns cereais, pães, massas e biscoitos. Substituir gorduras saturadas por carboidratos de alto índice glicêmico pode não só não trazer benefícios, como, pelo contrário, causar danos ao organismo.

Fonte: Scientific American de maio de 2010

Glossário
1 Obesidade: Condição em que há acúmulo de gorduras no organismo além do normal, mais severo que o sobrepeso. O índice de massa corporal é igual ou maior que 30.
2 Diabetes: Nome que designa um grupo de doenças caracterizadas por diurese excessiva. A mais freqüente é o Diabetes Mellitus, ainda que existam outras variantes (diabetes insipidus) de doença nas quais o transtorno primário é a incapacidade dos rins de concentrar a urina.
3 Doenças cardiovasculares: Doença do coração e vasos sangüíneos (artérias, veias e capilares).
4 Aterosclerose: Doença da parede dos vasos arteriais, causada pelo depósito de colesterol, cálcio e tecido fibroso. Produz um aumento da resistência ao fluxo normal de sangue através do vaso afetado, com uma conseqüente isquemia dos diferentes órgãos (coração, cérebro, etc.).
5 Nutrição: Incorporação de vitaminas, minerais, proteínas, lipídios, carboidratos, oligoelementos, etc. indispensáveis para o desenvolvimento e manutenção de um indivíduo normal.
6 Dieta Mediterrânea: Alimentação rica em carboidratos, fibras, elevado consumo de verduras, legumes e frutas (frescas e secas) e pobre em ácidos graxos saturados. É recomendada uma ingestão maior de gordura monoinsaturada em decorrência da grande utilização do azeite de oliva. Além de vinho.
7 HDL: Abreviatura utilizada para denominar um tipo de proteína encarregada de transportar o colesterol sangüíneo, que se relaciona com menor risco cardiovascular. Também é conhecido como “Bom Colesterol”. Seus valores normais são de 35-50mg/dl.
8 LDL colesterol: Do inglês low-density lipoprotein cholesterol, colesterol de baixa densidade ou colesterol ruim.
9 Gordura: Um dos três principais nutrientes dos alimentos. Os alimentos que fornecem gordura são: manteiga, margarina, óleos, nozes, carnes vermelhas, peixes, frango e alguns derivados do leite. O excesso de calorias é estocado no organismo na forma de gordura, fornecendo uma reserva de energia ao organismo.
10 Diabetes mellitus: Distúrbio metabólico originado da incapacidade das células de incorporar glicose. De forma secundária, podem estar afetados o metabolismo de gorduras e proteínas.Este distúrbio é produzido por um déficit absoluto ou relativo de insulina. Suas principais características são aumento da glicose sangüínea (glicemia), poliúria, polidipsia (aumento da ingestão de líquidos) e polifagia (aumento da fome).